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A GREVE DA CENTRAL EMPRESA DE ONIBUS NH/PALEGRE
Certa feita vinha eu a tarde de Novo Hamburgo a Porto Alegre num ônibus
da Central, para trabalhar no turno da noite nas minhas funções de
Guarda de Transito. Assim que chegamos a ultima parada antes do fim da
linha, na parada da Farrapos na altura do Hotel S Luiz, quando o ônibus
parou surgiu um sujeito e gritou com o motorista:- Abandona tudo e sai
correndo. Aqueles cabeças brancas da Brigada estão batendo em todos os
motoristas e os prendendo. O motorista tremeu e levantou para correr.
- Para ai disse eu. Nada de abandonar a viatura, você tem que levar o
coletivo até o final da linha. Mas vão me bater.. – Nada eu estou aqui e
ninguém vai te bater não se bate sem motivos. Pega a direção e deixa
comigo. Ele dirigiu tremendo de medo e eu o acalmando. Quando avistamos o
terminal tremeu a perna dele, olha ai, olha ai. O terminal da praça dos
bombeiros estava tomada de soldados cabeça branca e de Guardas de
Transito que também usavam quepe branco. O que será que está havendo?
Sem alarme, deixa comigo, ninguém vai te bater e fui para a porta da
frente do coletivo, ele manobrou e estacionou, mas louco de medo por que
realmente estavam prendendo algumas pessoas. Vieram e tentaram entrar
no ônibus. Falei parem ai, o que houve? Há esses M resolveram fazer
greve e fomos mandados para terminar com essa bagunça...
Bem caros
colegas, esse motorista aqui não está em greve, ele vai continuar a
trabalhar. Bem então manda carregar os passageiros e voltar para a
estrada. Certo. E assim foi.
Ao chegar ao quartel da Guarda de
Transito o chefe explicou para nos que um motorista tinha agredido um
guarda e esse deu voz de prisão, ao que outros motoristas vieram contra o
guarda e ai começou a confusão. O chefe em pessoa com um grupo de
agentes foi lá e prendeu o agressor e o levaram para a Central de
Policia para lavrar o Flagrante. Ai começou a greve. Então o chefe de
Policia que era militar convocou os Cabeças Brancas da B.M e toda a
Guarda de Transito e colocou os ônibus abandonados a andar. Guardas que
tinha CNH com ônibus na carteira foram de motorista, um guarda de
cobrador e dois PM na cozinha do ônibus armados de metralhadoras de mão
fazendo a segurança.
Só que os guardas não sabiam que quantia
cobrar, mas os passageiros pagavam e nem queriam troco amedrontados.
Então quando chegavam ao final da linha em NH e São Leopoldo, ia para a
empresa levar o dinheiro e abastecer. O dono ria e disse: - Nunca em
minha vida arrecadei tanto numa greve, acho que vou contratar a policia.
E assim no dia seguinte terminou a greve... Alguns Guarda Civil também
participaram do evento. E assim se terminavam greves.
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