domingo, 9 de abril de 2017

Um Olhar sobre os familiares......

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Por LCBergenthal MTB 15.482


Um olhar sobre os familiares cuidadores
de pacientes doentes

Esta matéria tem  como objetivo voltar o olhar para os cuidadores de pacientes . Os familiares, em especial, o familiar cuidador do paciente, possuem um importante papel nesse contexto, pois as suas reações contribuirão nas respostas do paciente. O cuidador de um paciente terminal é afetado de forma direta pela doença do seu ente querido. Cuidar de alguém que é diagnosticado com uma doença  exige muito deste cuidador, que muitas vezes abdica de sua própria vida para viver com o outro o pouco tempo que resta a este. Para estudar estes cuidadores, utilizou-se o método qualitativo fenomenológico, e, como instrumentos para a coleta de dados, a versão de sentido e a entrevista com uma pergunta de fim aberto: Como está sendo para você ser o cuidador de um familiar que se encontra em fase considerada ? Participaram deste estudo quatro familiares
cuidadores de pacientes terminais que se encontravam internados em hospital e que, por opção ou recomendação médica, receberam alta e estão sob cuidados paliativos em casa. Percebeu-se que a descoberta da doença é difícil e os familiares vivenciam a dúvida de contar ou não o diagnóstico e o prognóstico ao paciente. A negação, o inconformismo e o sentimento de impotência também são presentes. O cuidador passa a se ver como uma fortaleza, que precisa proteger o parente doente de tudo o que possa lhe causar mais sofrimento. Dedica-se totalmente a ele, deixando de lado sua vida pessoal.
A tendência atualizante também é encontrada nestes cuidadores. O apoio nessa hora é fundamental para que superem e enfrentem esse momento tão difícil e delicado em suas vidas.
A morte, apesar de todos os estudos e esforços dos profissionais da saúde, constitui-se ainda em um tabu, talvez não por preconceito em relação ao tema, mas por impor ao ser humano a sua finitude, retirando, de forma brusca, a ideia de imortalidade que se faz presente nas pessoas. Falar sobre a morte é assumir a única verdade presente em nossas vidas, verdade contra a qual podemos lutar, retardar, mas não conseguimos mudar a real situação dos seres, não somente humanos, mas
dos seres vivos, a mortalidade. Somos mortais, e isso não é uma opção, mas uma realidade.

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Muitas vezes o fato de saber que a vida é finita se constitui em um fardo na vida das pessoas.
Imagina-se então como é ser diagnosticado com uma doença terminal, em que lhe é imposto um determinado tempo de vida. A situação que se instala, na maioria dos casos, é muito dramática, e
não irá afetar somente a pessoa diagnosticada, mas também seus familiares; estes terão um papel fundamental nesta situação.
Os familiares, em especial, o familiar cuidador do paciente terminal, possuem um importante papel nesse contexto, pois as suas reações contribuirão nas respostas do paciente. A atenção dispensada ao paciente é muito importante, mas é de igual importância que seja dirigida uma atenção especial também ao seu familiar cuidador. o paciente se encontra, de dor, de degenerações físicas e psíquicas, afeta de forma efetiva o familiar que cuida dessa pessoa, gerando sentimentos ambivalentes. De um lado, o desejo de morte do ente querido, com o intuito de aliviar o sofrimento de ambos. De outro, o sentimento de culpa, de impotência frente ao sofrimento deste.
O familiar cuidador de um paciente  é afetado de forma direta pela doença do seu ente querido. Cuidar de alguém que é diagnosticado com uma doença terminal exige muito deste
cuidador, que muitas vezes abdica de sua própria vida para viver com o outro o pouco tempo que resta a este. Em razão disso, e ao que já foi esboçado anteriormente, justifica-se este estudo, torna se perceptível a importância de que seja voltado para este cuidador um olhar diferenciado, que lhe seja dirigida uma atenção especial por parte dos profissionais de saúde.terminal: o processo de despedida no contexto hospitalar”, concluíram que para o familiar cuidador há um intenso sofrimento, uma angústia acentuada com a perda eminente de alguém significativo para si, sendo imprescindível o acompanhamento deste familiar por um profissional da saúde especialmente um psicólogo, para que estes cuidadores consigam elaborar o luto de forma saudável, já que é sabido que situações mal elaboradas podem ocasionar posteriormente um luto patológico.
dadores de pacientes terminais, reconhecendo o importante papel que desempenham no cuidado a estes pacientes.


 

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