Por LCBergenthal MTB 15.482
Um olhar
sobre os familiares cuidadores
de
pacientes doentes
Esta
matéria tem como objetivo voltar o olhar
para os cuidadores de pacientes . Os familiares, em especial, o familiar
cuidador do paciente, possuem um importante papel nesse contexto, pois as
suas reações contribuirão nas respostas do paciente. O cuidador de um paciente
terminal é afetado de forma direta pela doença do seu ente querido. Cuidar de
alguém que é diagnosticado com uma doença exige muito deste cuidador, que muitas vezes
abdica de sua própria vida para viver com o outro o pouco tempo que resta a
este. Para estudar estes cuidadores, utilizou-se o método qualitativo
fenomenológico, e, como instrumentos para a coleta de dados, a versão de
sentido e a
entrevista com uma pergunta de fim aberto: Como está sendo para você ser o
cuidador de um familiar que se encontra em fase considerada ? Participaram
deste estudo quatro familiares
cuidadores
de pacientes terminais que se encontravam internados em hospital e que, por
opção ou recomendação
médica, receberam alta e estão sob cuidados paliativos em casa. Percebeu-se que
a descoberta da doença é difícil e os familiares vivenciam a dúvida de contar
ou não o diagnóstico e o prognóstico ao paciente. A negação, o inconformismo e
o sentimento de impotência também são presentes. O cuidador passa a se ver como
uma fortaleza, que precisa proteger o parente doente de tudo o que possa lhe
causar mais sofrimento. Dedica-se totalmente a ele, deixando de lado sua vida
pessoal.
A
tendência atualizante também é encontrada nestes cuidadores. O apoio nessa hora
é fundamental para que
superem e enfrentem esse momento tão difícil e delicado em suas vidas.
A morte,
apesar de todos os estudos e esforços dos profissionais da saúde, constitui-se
ainda em um tabu, talvez não por preconceito em relação ao tema, mas por impor
ao ser humano a sua finitude, retirando, de forma brusca, a ideia de
imortalidade que se faz presente nas pessoas. Falar sobre a morte é assumir a
única verdade presente em nossas vidas, verdade contra a qual podemos lutar,
retardar, mas não conseguimos mudar a real situação dos seres, não somente
humanos, mas
dos seres
vivos, a mortalidade. Somos mortais, e isso não é uma opção, mas uma realidade.
*
Muitas
vezes o fato de saber que a vida é finita se constitui em um fardo na vida das
pessoas.
Imagina-se
então como é ser diagnosticado com uma doença terminal, em que lhe é imposto um determinado
tempo de vida. A situação que se instala, na maioria dos casos, é muito
dramática, e
não irá
afetar somente a pessoa diagnosticada, mas também seus familiares; estes terão
um papel fundamental
nesta situação.
Os
familiares, em especial, o familiar cuidador do paciente terminal, possuem um
importante papel nesse contexto, pois as suas reações contribuirão nas
respostas do paciente. A atenção dispensada ao paciente é muito importante, mas
é de igual importância que seja dirigida uma atenção especial
também ao seu familiar cuidador. o paciente se encontra, de dor, de
degenerações físicas e psíquicas, afeta de forma efetiva o familiar que cuida
dessa pessoa, gerando sentimentos ambivalentes. De um lado, o desejo de morte
do ente querido, com o intuito de aliviar o sofrimento de ambos. De outro, o
sentimento de culpa, de impotência frente ao sofrimento deste.
O
familiar cuidador de um paciente é
afetado de forma direta pela doença do seu ente querido. Cuidar de alguém que é
diagnosticado com uma doença terminal exige muito deste
cuidador,
que muitas vezes abdica de sua própria vida para viver com o outro o pouco
tempo que resta a este. Em razão disso, e ao que já foi esboçado anteriormente,
justifica-se este estudo, torna se perceptível a importância de que seja
voltado para este cuidador um olhar diferenciado, que lhe seja
dirigida uma atenção especial por parte dos profissionais de saúde.terminal: o
processo de despedida no contexto hospitalar”, concluíram que para o familiar
cuidador há um intenso sofrimento, uma angústia acentuada com a perda eminente
de alguém significativo para si, sendo imprescindível o acompanhamento deste
familiar por um profissional da saúde especialmente um psicólogo, para que
estes cuidadores consigam elaborar o luto de forma saudável, já que é
sabido que situações mal elaboradas podem ocasionar posteriormente um luto
patológico.
dadores
de pacientes terminais, reconhecendo o importante papel que desempenham no
cuidado a estes
pacientes.
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