Se o exame da próstata não é a única nem a melhor forma de prevenir o câncer, o que seria?
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Fernanda Aranda, Editora-Chefe |
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O que fazer para não ouvir a temida frase: “você está com câncer”? Ou “o seu câncer voltou”? Não dá para simplesmente cruzar os braços e esperar por um diagnóstico... Ainda mais quando há
uma substância, extensivamente estudada, capaz de proteger e reduzir a progressão do câncer. Em
um estudo, ficou comprovado que 3 porções por semana desse ingrediente
cortou o risco de câncer de próstata quase pela metade.
Esta informação aqui pode potencialmente salvar a sua vida – e a das pessoas que você ama. Confira.
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Sr. Ferro passou 330 dias do ano com dor.
Escondeu
da mulher e dos filhos o sofrimento que sentia toda vez que precisava
urinar. Sozinho, “gritava” em silêncio no banheiro.
Tinha medo de demonstrar fraqueza e também de procurar um médico que revelasse algo sombrio.
Até que, em um dia de maio, ele desmaiou no meio da sala, revelando aos familiares que a sua saúde estava em colapso.
Naquele dia, Eduardo Neves Ferro, 59 anos, soube que fazia parte das
estatísticas do câncer de próstata, doença que supera o câncer de mama
em número absoluto de casos no Brasil.
Por ano, são 68.800 novas vítimas, conforme projeção do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Hoje,
caro leitor, convidei o Sr. Ferro a dividir conosco a experiência de
ser um sobrevivente do tumor maligno mais incidente na população
masculina.
Aproveito também para compartilhar o que as pesquisas científicas
têm revelado sobre a prevenção da doença, com informações práticas, mas
nem sempre lembradas pelas campanhas preventivas.
A vivência de Eduardo Neves Ferro escancara que a proteção do corpo não pode ser regida por marcos no calendário ou teimosia.
“Eu
sou uma destas pessoas que conta sua história dizendo “foi tarde
demais”, lamentou Sr. Ferro durante nosso encontro no Hospital Estadual
do Homem, em São Paulo.
“Vacilei durante todos os anos da minha vida. Isso quase acabou comigo”, me disse arrependido.
Negligente por essência
Vamos ao recado deste sobrevivente.
Até desmaiar interrompendo o almoço da mulher e dos filhos, Sr. Ferro, funcionário público, nunca tinha ido ao médico.
Isso mesmo que você leu. N-u-n-c-a.
Padecia
de um mal chamado negligência com a própria saúde, que influencia o
curso de quase todas as doenças e é ainda mais presente entre os homens
do que entre as muheres.
“Todos os pacientes que trato com câncer de próstata em estágio
avançado – 100% deles – dizem uma frase letal quando chegam ao meu
consultório: “eu não estava sentindo nada, por isso não vim antes’”, me
disse o Dr. Cláudio Murta – um dos diretores do Hospital do Homem.
“Meus amigos” – continuou Dr. Murta, alterando levemente o tom de
voz – “quando vocês sentem algo ou manifestam algum sinal, tipo urina no
sangue, significa justamente que o câncer evoluiu e já será
diagnosticado em um estágio em que temos menos opções terapêuticas, com
sequelas mais nocivas.”
Fazer a prevenção, portanto, é justamente, planejar a saúde antes do aparecimento dos sintomas.
Este
“mal” do descuido é uma conduta típica das gerações masculinas. Os
homens nunca foram estimulados verdadeiramente a cuidar da saúde como um
patrimônio.
Este desleixo é reflexo também do preconceito
disseminado com relação à saúde prostática e demonstra ainda a
procrastinação que reina na hora de olhar com mais seriedade para um
sinal do corpo.
No alvo da morte
E você? Qual sintoma não está ouvindo?
Atualmente,
um em cada sete brasileiros com este tumor não sobrevive. Eduardo Ferro
venceu este número, mas o diagnóstico avançado impôs restrições
importantes.tirada do tumor precisou ser extremamente agressiva,
comprometendo toda a sensibilidade e potência.
“Quando a morte se aproxima e você percebe que pode deixar de
brincar com seus netos, rapaz… você fica com muito, muito medo”, disse
ele. “Por isso, sei que estou no lucro. Estou reaprendendo a viver,
encontrando jeitos de namorar com a minha companheira e, principalmente,
alertando meus amigos que é uma bobagem perigosa ter medo, vergonha ou
desleixo para cuidar de si”, desabafou o sobrevivente.
Bem mais do que o toque
Ainda
que o exame de toque retal e o preconceito contra ele sejam os
principais temas debatidos em campanhas as entidades médicos não chegam
em um consenso sobre a real eficácia da técnica na hora de diminuir a
mortalidade.
Como
bem colocou o Dr. Leonardo Aguiar na edição de novembro do Dossiê Saúde
Essencial, “o rastreamento indiscriminado está longe de ser a única
maneira de prevenir ou se proteger contra o câncer de próstata (apesar
do que alega a Sociedade Brasileira de Urologia)”.
Sr. Ferro, por exemplo, além de negligenciar suas visitas ao médico,
viveu sempre distante da quantidade ideal recomendada de frutas e
verduras – assim como 75% dos brasileiros – e permanece acompanhado
diariamente pelo cigarro, da mesma forma que 10,8% da população
nacional.
São hábitos já consolidados como desencadeadores do câncer em qualquer parte do organismo.
Para
ele e para todos os pais, tios, avôs, irmãos, primos e amigos que
insistem em não olharem para si, seguem algumas pesquisas que mostram o
poder dos hábitos e dos nutrientes.
Digo mais: são ações que têm a eficácia garantida de janeiro a janeiro.
Anote aí:
Café:
Uma dieta saudável, com a quantidade ideal de nutrientes, inclui o
cafezinho para quem deseja proteger a próstata, conforme um estudo de
Harvard.
O café contém muitos compostos benéficos que atuam como antioxidantes,
reduzem a inflamação e regulam a insulina. Três xícaras por dia mostrou
ser a dose ideal, conforme análise feita nas pesquisas que envolveram 47
mil pacientes.
Exercício físico: Estudo publicado no Journal of Clinical Oncology
mostrou que os exercícios físicos podem reduzir em até 61% o risco
de morte dos pacientes já com câncer de próstata. Imagina o que uma
caminhada diária de 15 minutos é capaz de proporcionar em quem ainda não
tem a doença!
Vitamina D:
a atividade anti-inflamatória conduzida pela vitamina D, conseguida
por meio de exposição ao sol ou via suplementação, é uma das
explicações para esta substância estar associada a um menor risco de
câncer de próstata conforme a revisão de 26 estudos publicada no jornal American Public Health Association.
Tomate e alimentos avermelhados:
O licopeno, substância responsável pela coloração do tomate, mamão,
goiaba e frutas vermelhas, é apontado como um dos responsáveis por
reduzir em até 18% o risco de próstata, conforme ensaio científico feito
pelas Universidades Cambridge, Oxford e
Bristol. A quantidade ideal é de, em média, quatro ou cinco frutas e legumes por dia.
E deixo para o fim o que complementa este menu secreto contra o câncer de próstata.
Sim, existe uma substância natural essencial para a sua proteção.
Até mais,

Nossos leitores |
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"Venho
agradecer a esta maravilhosa equipe comandada e pelos conteúdos
enviados. Me arrependo por não ter me cadastrado antes, pois em poucos
meses aprendi valiosas dicas interessantes ligadas a área de saúde. "
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- Sergio R.
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"Os assuntos aqui tratados são muito úteis, fáceis de entender e de praticar. Obrigado pelas matérias até aqui repassadas"
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- Sergio F.
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"Gostaria de deixar registrado o meu muito obrigado pelas valiosíssimas informações que vocês tem postado."
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- Marcelo S.
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