JORNAL FOLHA DA CLASSE
Já no segundo semestre, devemos ter 720 novos servidores
penitenciários no RS, 549 homens e 71 mulheres, dentro da lógica que temos
somente 4 prisões femininas e mais de cem masculinas, num universo de
aproximadamente 35 mil presos no Estado do RS. Também seremos contemplados com
100 agentes penitenciários administrativos, o que vai facilitar o serviço
burocrático com essa gama de presos e servidores.
Nada como o sangue novo destes futuros colegas para oxigenar
o ofício de cada dia.
Nos, os mais maduros e experientes saímos mais alimentados e
fortalecidos neste compartilhamento de experiências com os mais novos, onde
também aprendemos e nos renovamos com suas ideias que se chocarão com vícios no
trabalho que vamos adquirindo no transcorrer do exercício profissional.
Canso de dizer, inclusive quando autografo meus livros, que
o maior inimigo da segurança é a rotina. Nunca acontece nada e quando acontece
somos pegos de “bobeira”. Como conferir armamento, munição, algemas, postos de
trabalho, revisão das celas e até combustível da viatura. (como no voo da
Chapecoense). O excesso de confiança pode ser fatal. E os mais novos,
preparados pela notável Escola Penitenciária do RS veem bem “espertos” nessa
direção.
A edificação da carreira do Agente Penitenciário e do APA,
se dará mesmo no efetivo exercício,
onde, passando por situações diferentes e surpreendentes, se firmará, com mais
garantia, ao lado dos mais experientes.
Durante o processo de estágio probatório, o Estado analisará
se algum destes servidores temporários não tem “queda” para exercer a função,
seja por muitos e insondáveis motivos e “agradecerá” sua colaboração, sem
nenhum pejo. Melhor mesmo é afastar quem não se adaptou e quer permanecer no
serviço público por conveniência, atrapalhando os demais colegas que querem
trabalhar e fazer o serviço como deve ser.
Nesse sentido, acreditamos que justamente esse é o
enfrentamento necessário ao mau ou ineficiente funcionário, por isso há o
estágio, onde aproxima o servidor do estudo e da vivência com as tarefas mais
ingentes do cargo. Que sabemos não é fácil e requer muita atenção e dedicação
exclusiva.
E quando se vê que sua escolha foi acertada e o
amadurecimento da conduta compatível ao trabalho e ética-profissional bem
adaptado ao exercício profissional, então está completado o ciclo do bom
servidor.
BEM-VINDO COLEGAS.
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