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EDIÇÃO DO DIA
06/10/2016
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O estadista e o filantropo
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Passos Coelho é um estadista. É verdade que já não tem o poder para
dirigir o Estado, mas sobram-lhe pelo menos a bandeirinha na lapela e a
"carantonha". Sendo um homem que tanto preza a seriedade, percebe-se a
irritação com o facto de termos agora um primeiro-ministro "bem-disposto
e que gosta de graçolas". Ainda por cima, o que lhe roubou o lugar,
subvertendo a tradição, valor muito mais importante do que a vontade da
maioria dos portugueses. Passos Coelho reconhece que não consegue pôr
uma cara alegre. Não dá. São demasiadas preocupações. E com quem está
preocupado o líder do PSD? Segundo as suas próprias palavras, com "quem
tem muito", uma vez que o atual Governo se prepara para lhes atacar as
poupanças. O mais certo, ainda segundo o lúcido raciocínio de Passos
Coelho, é que esta gente (rica mas indefesa), como "não pode estar cá",
acabe por sair de Portugal. O resultado será um país em que todos terão
"pouquinho". Um país que atrai os pobres e enxota os ricos. Exatamente o
contrário do que o nosso estadista procurou fazer enquanto foi
primeiro-ministro: por um lado, atraiu com vistos gold os milionários
com dinheiro para comprar casas de luxo e garantiu com benefícios
fiscais que os europeus abastados viessem para Portugal gastar as suas
pensões; por outro, adotou medidas de austeridade purificadoras que
geraram desemprego massivo, para depois convidar os desempregados a
emigrar. Resumindo, atrair os ricos e enxotar os pobres. Não fossem as
eleições e Passos Coelho era bem capaz de ter transformado Portugal num
novo Mónaco.
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