quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Brigada Militar do RS




O anúncio da troca de comando em cinco de oito unidades da Brigada Militar em Porto Alegre causou mal-estar e alvoroço na corporação na noite desta quarta-feira.
Em reunião com o subcomandante-geral da BM, Paulo Stocker dos Santos, os comandantes de cinco batalhões - 1º, 9º, 19º, 21º e o de Operações Especiais _ foram avisados de que estão sendo transferidos. A chefia do Estado Maior do Comando de Policiamento da Capital também estaria sendo trocada.

Mas as mudanças não devem parar por aí. Unidades da Região Metropolitana e do Interiort também serão atingidas. Nos bastidores, há quem avalie que as trocas visam a dar uma melhor resposta no quesito segurança pública. O problema, dizem oficiais, é como fazer isso sem recursos. As trocas podem abrir espaço para que as queixas de falta de pessoal e de viaturas que vinham sendo mantidas internamente ganhem as ruas.
Outro fator é a conclusão do curso que tenentes-coronéis fazem para ficar aptos a serem promovidos a coronéis. As mudanças nas unidades facilitariam a colocação desse pessoal em postos mais importantes e de maior responsabilidade.  O comando da Brigada Militar não comentou o assunto ontem. O comandante de Policiamento da Capital, coronel Mário Ikeda, disse que só poderia falar sobre as mudanças a partir da tarde desta quinta-feira.
Dos batalhões com responsabilidade territorial, ou seja, que atuam em bairros específicos da Capital, só estariam com a chefia mantida o 11º e 20º. A outra unidade especial como o BOE, que pode atuar em qualquer região, é o Regimento de Polícia Montada, que teve movimentação há poucos dias, quando o comandante, tenente-coronel Carlos Alberto Selistre passou a atuar na Assembleia Legislativa.
Motivação

Fontes internas na BM ouvidas pela reportagem da Rádio Guaíba sugerem que as trocas de cargo podem ter sido uma represália do comando geral a decisões tomadas pelos comandantes durante o período de aquartelamento de PMs em função do parcelamento de salários do funcionalismo. Em alguns casos, por exemplo, os oficiais se negaram a forçar a saída de viaturas em quarteis onde familiares dos militares faziam o bloqueio dos portões.

Chama atenção, ainda, o fato de que os cinco comandantes de unidade transferidos em Porto Alegre foram justamente os de batalhões onde ocorreu aquartelamento, em meio à greve geral do funcionalismo, em agosto e setembro.

Não há, por enquanto, previsão de manifestação oficial da Brigada Militar à imprensa sobre o assunto.

Fonte:Dico Reis/Rádio Guaíba

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