quarta-feira, 8 de julho de 2015

Jornal Folha da Classe Clipping da Brigada Militar do RS





                                                 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
 BRIGADA MILITAR - ESTADO MAIOR
P M - 5

          CLIPPING DE QUARTA-FEIRA,

08 DE JULHO DE 2015

  



SERVIDORES DA SEGURANÇA FAZEM PROTESTO NA CAPITAL (CAPA E POLITICA +, COLUNA DE ROSANE DE OLIVEIRA, PÁGINA 8) Por trás das manifestações de servidores que trancaram as ruas do Centro, ontem, reivindicando melhores condições de trabalho, estão dois movimentos sincronizados: um contra o projeto de lei complementar que, na prática, institui a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual e outro contra a proposta de uma Lei de Diretrizes Orçamentárias com aumento de apenas 3% nos gastos com pessoal em 2016. Os servidores da segurança deram uma demonstração de força para pressionar o governo Sartori a recuar. Ao somar forças, Brigada Militar, Polícia Civil, Susepe e Instituto-Geral de Perícias estão mandando um recado claro ao Piratini: se quiserem, podem mais do que protestar em frente ao Palácio e trancar as ruas adjacentes. Uma greve na segurança é o pesadelo que tira o sono dos gestores públicos. As entidades que reúnem servidores da segurança temem que a aprovação da Lei de Responsabilidade signifique congelamento de salários. Há, também, uma preocupação com a possibilidade de o governo não honrar os reajustes aprovados na gestão de Tarso Genro para pagamento até 2018. As entidades da segurança procuraram a bancada do PDT para dizer que não vão aceitar a retirada de direitos nem que os funcionários públicos paguem a conta da crise do Estado. O PLC 206/2015, que tramita na Assembleia, impede que um governo aprove reajustes que serão pagos pelo sucessor e limita a concessão de aumentos reais a 25% do crescimento da arrecadação. O projeto também restringe promoções e novas nomeações de pessoal, além de inibir a concessão de incentivos e as renúncias fiscais. O presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz, diz que o governo “elegeu os servidores como vilões e penaliza a segurança pública, aplicando uma dura política de contingenciamento”, e não toca em temas como sonegação e isenções fiscais. “Se esse projeto for aprovado, o serviço público pode, a médio prazo, entrar em colapso”, alerta Ortiz. O discurso de que o governo “elegeu os servidores como vilões” é reducionista. Os servidores estão sendo atingidos pela crise dramática das finanças, como estão todos os gaúchos que precisam de serviços públicos. As dificuldades do Estado se traduzem na insegurança, no corte de leitos, na supressão de serviços em hospitais.Os servidores, naturalmente, são afetados porque é no pagamento de salários que o governo gasta a maior parte do que arrecada. Se a receita cai e se a União reduz repasses, de onde sairá o dinheiro para aumentos salariais e novas nomeações? O combate à sonegação foi o que garantiu o aumento da receita bem acima do crescimento da economia nos últimos anos. Existe um estoque de dívida superior a R$ 30 bilhões, mas desse total só um terço é considerado passível de cobrança, já que R$ 20 bilhões são créditos podres.

ALIÁS (POLITICA +, COLUNA DE ROSANE DE OLIVEIRA, PÁGINA 8) O bloqueio à extinção do Tribunal de Justiça Militar, promovido pela base do governo Sartori na Assembleia com o pretexto de que o projeto fere a Constituição, enfraquece o discurso da crise nas finanças. O Piratini perde uma chance de economizar e de indicar para a sociedade que é capaz de contrariar interesses.

COMISSÃO DA ASSEMBLEIA REJEITA EXTINÇÃO DO TJM (PÁGINA 11) Deputados da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa rejeitaram a proposta de extinção do Tribunal de Justiça Militar (TJM). Os contrário à ideia dizem que não cabe ao Legislativo extinguir órgão do Judiciário. Autor da proposta, o deputado Pedro Ruas (PSOL) diz que o órgão tem gastos não compatíveis com a crise do Estado. O orçamento do TJM para 2015 é de R$ 40 milhões. Conforme levantamento do Conselho Nacional de Justiça, o custo por processo no TJM chega a ser 23 vezes maior do que na Justiça comum. Em contrapartida, são julgados, em média, em 50 dias, segundo o TJM. PORTO ALEGRE

MATAR POLICIAIS SE TORNA CRIME HEDIONDO (PÁGINA 15) A presidente Dilma Rousseff sancionou ontem, sem vetos, a lei que torna crime hediondo o assassinato de policiais civis, militares, rodoviários e federais, além de integrantes das Forças Armadas, da Força Nacional de Segurança Pública e do sistema prisional, seja no exercício da função ou em decorrência do cargo. Aprovada pelo Congresso em junho, a lei também estabelece o agravamento da pena quando o crime for cometido contra parentes até terceiro grau dos agentes públicos e for motivado pelo parentesco – esse tipo específico de crime será considerado homicídio qualificado. A pena pode variar de 12 a 30 anos de prisão, maior que a pena para homicídio comum, de seis a 20 anos. Também foi aumentada em dois terços a pena para casos de lesão corporal contra os agentes ou parentes deles. BRASILIA

MUITO ALÉM DA NOSSA SEGURANÇA (ARTIGO ASSINADO PELO ADVOGADO E VICE-PRESIDENTE NACIONAL DA OAB, CLAUDIO LAMACHIA, PÁGINA 21) Não é de hoje que nosso Estado se vê desprovido do sentimento de segurança. Mais do que uma impressão, uma realidade do cotidiano. Basta conversar com amigos e familiares, andar pelas ruas para ter essa certeza. É perceptível que o Estado está em meio a uma grande crise financeira, mas trata-se de um equívoco limitar investimentos em área tão sensível. A falta de segurança pública se reflete em inúmeras outras searas, em especial na econômica. A pequena economia, que gera considerável contingente de empregos, sofre cotidianamente com os prejuízos causados pelo número reduzido de rondas policiais. São os pequenos roubos que levam o faturamento do dia do pequeno empresário. É a sensação de insegurança dos clientes, que já se afastam das ruas temendo serem as próximas vítimas, que igualmente afeta nossa economia.Historicamente, a OAB se posiciona pela melhoria na estrutura prisional. Denunciamos a degradação estrutural e humana do Presídio Central de Porto Alegre e de inúmeras penitenciárias do Estado e do país.Verdadeiras escolas do crime, essas são incapazes de reabilitar quem quer que seja. Governos se sucedem e tratam do tema como secundário, forçados pelas questões econômicas, mas também pela ideia equivocada de que o assunto esteja limitado à esfera criminal, o que não é verdade. Segurança é um dos elementos do ciclo virtuoso do fomento à economia. Bares e restaurantes, apenas para exemplificar, se enchem de pessoas, o que estimula a criação de mais empregos, gerando maior arrecadação, propiciando que o poder público possa investir cada vez mais no bem-estar da sociedade. Quanto o poder público deixa de arrecadar com os turistas que desistem de visitar o RS por medo da violência? A Copa do Mundo nos deu um bom exemplo de que existem meios para diminuir os índices de violência: o policiamento ostensivo e o uso da tecnologia. A efetivação do uso de câmeras ligadas às delegacias pode também ser um implemento à garantia da liberdade de ir e vir com tranquilidade. É preciso que haja cada vez mais policiais atuando nas ruas. Está comprovado que podemos viver com mais segurança, e aumentar o efetivo da Brigada Militar e da Guarda Municipal é o início da transformação de que precisamos.













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