sexta-feira, 25 de março de 2016

Em delação, Delcídio diz que Marco Maia chantageou executivos em CPI



Em delação, Delcídio diz que Marco Maia chantageou executivos em CPI




Em delação, Delcídio diz que Marco Maia chantageou executivos em CPI

Relator da CPI mista da Petrobras, o parlamentar teria exigido dinheiro para evitar a convocação de executivos de construtoras

Por: Fábio Schaffner / Especial
03/03/2016 - 16h28min | Atualizada em 03/03/2016 - 17h41min
Em delação, Delcídio diz que Marco Maia chantageou executivos em CPI Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados,Divulgação
Foto: Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados,Divulgação
Relator da CPI mista da Petrobras, o deputado Marco Maia (PT-RS) é citado pelo senador Delcídio Amaral por supostamente cobrar propina para frear as investigações de fraudes na estatal. No acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, Delcídio diz que o deputado gaúcho e outros três parlamentares chantageavam alguns dos empreiteiros envolvidos na Operação Lava-Jato.
Maia, o deputado Fernando Francischini (SD-PR) e os senadores Gim Argello (PTB-DF) e Vital do Rego (PMDB-PB) teriam exigido o pagamento de um pedágio para que os empreiteiros Léo Pinheiro (OAS), Júlio Camargo (Toyo Setal) e Ricardo Pessoa (UTC) não fossem convocados a prestar depoimento à CPI.
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No relatório final da CPI mista, o deputado pediu o indiciamento de pessoas que já estão sendo investigadas pela Justiça, como o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, mas poupou políticos que teriam se beneficiado pelo esquema. Este foi o segundo relatório preparado por Maia para a CPI. A primeira versão do texto recebeu muitas críticas, já que o relator não recomendava nenhum indiciamento, limitando-se a "corroborar e ratificar" os indiciamentos efetuados pela Polícia Federal. Ele também sugeria um "aprofundamento" das investigações.
Procurado por Zero Hora, Marco Maia emitiu nota oficial na qual classifica a acusação de Delcídio Amaral como um "boato, que se soma a tantos outros, com o intuito de tão somente manchar imagens e reputações". Segundo Maia, se de fato a delação premiada de Delcídio for verídica, ela "expressa a intenção em desgastar" o PT.
"Não recebi nenhuma doação, durante a campanha eleitoral de 2014, de qualquer empresa que estivesse sendo investigada pela CPMI, conforme comprova minha prestação de contas à Justiça eleitoral", afirma o deputado, que lembra que, em seu relatório final — aprovado pela CPI mista —, pediu "o indiciamento de 52 pessoas, entre elas, as citadas pelo delator".

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