O procurador-chefe do MPT-RS, Rogério Uzun Fleischmann, está à disposição para mais informações pelo (51) 9584-1547.
Fotos: Patrícia de Mello Sanfelici / MPT
MPT aciona BM para garantir segurança de trabalhadores na rodoviária de Porto Alegre
Grupo de paraibanos resgatado em condição análoga à de escravo, em Lajeado, embarcou rumo a São Paulo
O Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu, na manhã deste sábado (27/8), denúncia - comprovada - de que um capanga estaria na estação rodoviária de Porto Alegre para tentar pegar de volta o dinheiro pago aos trabalhadores resgatados em condição análoga a de escravo em Lajeado. O MPT acionou a Brigada Militar para fazer a escolta do grupo de 17 paraibanos até o embarque no ônibus que rumou no final da manhã para São Paulo (SP). O procurador-chefe do MPT-RS, Rogério Uzun Fleischmann, presente no local, informa que conseguiu visualizar o capanga, que acabou fugindo. O Ministério do Trabalho (MT) também foi acionado pelo MPT e compareceu na rodoviária. Rogério alertou aos trabalhadores de que, nas paradas durante a viagem, deveriam sempre ficar juntos e não isolados. A procuradora do Trabalho Patrícia de Mello Sanfelici, também presente na rodoviária, disse que "será necessária escolta em São Paulo, segundo os próprios trabalhadores". Na tarde de sexta-feira, os trabalhadores receberam suas verbas indenizatórias, que foram pagas pelos empregadores na sede no MPT em Santa Cruz do Sul, em ação coordenada pela procuradora do Trabalho Enéria Thomazini.
Entenda o caso
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em ação conjunta com a Polícia Civil (PC), a BM e o MT, prendeu dois irmãos que mantinham mais de 20 pessoas sob condição análoga à de escravo. A prisão aconteceu na noite de quarta-feira (24), na BR-386, em Lajeado. No início da manhã do mesmo dia, a PRF recebeu denúncia de que dezenas de pessoas estavam sendo obrigadas a viver em situações precárias dentro do compartimento de carga de um caminhão. À noite, o veículo ficava em um posto de combustíveis abandonado, localizado no quilômetro 341 da rodovia. A partir dessa informação, os policiais passaram a colher inúmeros outros dados durante o dia, culminando com as prisões. A PRF descobriu que as vítimas, todas da Paraíba, eram obrigadas a vender redes, carteiras e outros objetos em troca apenas de água e comida. Constatou ainda que quando os trabalhadores não tinham sucesso nas vendas eram espancados e presos em uma cela improvisada dentro do mesmo caminhão em que residiam.
Os policiais verificaram também que na noite em que ocorreu a prisão, os dois envolvidos no crime levariam os trabalhadores para outras cidades do RS. Diante do fato, com o apoio da PC, da BM e do MT, a PRF foi até o local, conseguindo flagrar a ação e prender os envolvidos. Segundo os trabalhadores, eles se sujeitavam a essas condições por medo. Um dos irmãos emprestava dinheiro a eles, na Paraíba, e, como não tinham condições de pagar a dívida, eram trazidos para trabalhar no RS, de onde não conseguiam mais sair. Muitas vezes eles eram ameaçados de morte, assim como suas famílias, o que os impedia de denunciar a situação. Os irmãos, um de 42 e outro de 44 anos, também são paraibanos e têm passagens por outros delitos. Eles foram encaminhados à polícia judiciária de Lajeado, e deverão responder pelo crime de reduzir pessoas a condição análoga à de escravo.
Fotos: Patrícia de Mello Sanfelici / MPT
MPT aciona BM para garantir segurança de trabalhadores na rodoviária de Porto Alegre
Grupo de paraibanos resgatado em condição análoga à de escravo, em Lajeado, embarcou rumo a São Paulo
O Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu, na manhã deste sábado (27/8), denúncia - comprovada - de que um capanga estaria na estação rodoviária de Porto Alegre para tentar pegar de volta o dinheiro pago aos trabalhadores resgatados em condição análoga a de escravo em Lajeado. O MPT acionou a Brigada Militar para fazer a escolta do grupo de 17 paraibanos até o embarque no ônibus que rumou no final da manhã para São Paulo (SP). O procurador-chefe do MPT-RS, Rogério Uzun Fleischmann, presente no local, informa que conseguiu visualizar o capanga, que acabou fugindo. O Ministério do Trabalho (MT) também foi acionado pelo MPT e compareceu na rodoviária. Rogério alertou aos trabalhadores de que, nas paradas durante a viagem, deveriam sempre ficar juntos e não isolados. A procuradora do Trabalho Patrícia de Mello Sanfelici, também presente na rodoviária, disse que "será necessária escolta em São Paulo, segundo os próprios trabalhadores". Na tarde de sexta-feira, os trabalhadores receberam suas verbas indenizatórias, que foram pagas pelos empregadores na sede no MPT em Santa Cruz do Sul, em ação coordenada pela procuradora do Trabalho Enéria Thomazini.
Entenda o caso
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em ação conjunta com a Polícia Civil (PC), a BM e o MT, prendeu dois irmãos que mantinham mais de 20 pessoas sob condição análoga à de escravo. A prisão aconteceu na noite de quarta-feira (24), na BR-386, em Lajeado. No início da manhã do mesmo dia, a PRF recebeu denúncia de que dezenas de pessoas estavam sendo obrigadas a viver em situações precárias dentro do compartimento de carga de um caminhão. À noite, o veículo ficava em um posto de combustíveis abandonado, localizado no quilômetro 341 da rodovia. A partir dessa informação, os policiais passaram a colher inúmeros outros dados durante o dia, culminando com as prisões. A PRF descobriu que as vítimas, todas da Paraíba, eram obrigadas a vender redes, carteiras e outros objetos em troca apenas de água e comida. Constatou ainda que quando os trabalhadores não tinham sucesso nas vendas eram espancados e presos em uma cela improvisada dentro do mesmo caminhão em que residiam.
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O MPT,
um dos ramos do Ministério Público da União, é instituição permanente,
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administrativa e, dessa forma, atuando como órgão independente
dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Os procuradores do
Trabalho buscam dar proteção aos direitos fundamentais e sociais do
cidadão diante de ilegalidades praticadas na seara trabalhista.
Atuações prioritárias:
Administração pública | Fraudes trabalhistas | Liberdade sindical | Meio
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Trabalho infantil | Trabalho portuário
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