O que ensina a perigosa fábula da espiga de milho pobre e uma caixinha de remédio rica
 | Daniel Amstalden , Diretor |
Amigo leitor,
Sou filho de professora, e a leitura sempre foi minha companheira desde o início da mais tenra infância.
Obviamente, assim como ocorre para muitas crianças, minha literatura iniciante era concentrada nas mais diversas fábulas.
Talvez daí tenha nascido uma mania que me acompanha ao longo dos anos: até hoje, toda vez que deparo com uma situação de difícil explicação, utilizo os recursos existentes nestas prosas rápidas para tornar mais explícito o fato.
Pode parecer infantil, mas por meio destes seres animados que nos “deixam importantes lições”, é possível colocar luz em assuntos tenebrosos, mascarados e que poderiam nos fazer mudar de vida.
Quer ver?
Acompanhe o raciocínio.
Outro dia, vindo para Jolivi, li na BBC que a Bayer – uma das maiores farmacêuticas do mundo, típica representante da turma das Big Pharma – fez uma oferta de US$ 62 bilhões para comprar a Monsanto, gigante produtora de sementes modificadas e agrotóxicos.
Assim, na leitura nua e crua, tal notícia só frequentaria a editoria de economia e jamais estaria na parte de saúde, certo?
Errado.
Se a gente usar a fábula, fica fácil de entender a relação.
“Era uma vez uma espiga de milho forte, que vivia feliz em seu solo fértil.
Não muito longe dali, na única farmácia do vilarejo, morava uma caixinha de remédio bem fraca e esquecida pelos moradores.
Um dia, convenceram o agricultor – dono daquelas terras que serviam de abrigo para o milharal – a usar veneno na plantação.
A promessa era a de que tal ação protegeria o solo contra as pragas e encheria o bolso de dinheiro do agricultor.
E assim, de olho na riqueza fácil, o agricultor fez.
Com o passar do tempo, a espiga de milho – apesar de aparentar ser maior e muito mais amarela – foi ficando fraca, fraca. E o milho retirado dela para a ser a base do mingau do agricultor, por consequência, também ficou ralinho de dar dó.
Apesar de mais rico, mas sem a proteção do mingau, o agricultor foi ficando cada vez mais gripado.
Por causa das doenças e viroses em sequência, ele precisou frequentar a farmácia que nunca tinha ido antes.
Virou usuário frequente da caixinha de remédio e gastou quase todo o seu dinheiro com ela.
A espiga ficou fraca.
O comprimido enriqueceu.
E o agricultor, doente, acabou falido.”
Moral da história: imagina se um laboratório, além de enriquecer com a venda de remédios, também lucra com o enfraquecimento do solo por meio dos pesticidas?
Rede complexa
Sim, leitor.
Há décadas, temos visto as Big Pharma quebrando a cabeça para manterem seu estrondoso crescimento, mesmo em épocas de crise. (Um dos exemplos é a Bayer – que já atua no ramo de pesticidas e teve a proposta rejeitada pela Monsanto. Esta, por sua vez, permanece aberta “para novos valores mais condizentes ao que considera justo”. Lembrando que eram 62 bilhões de dólares, hein?).
Bom, o fato é que por mais desoladora que seja a situação de um país, as farmacêuticas sempre têm conseguido garantir suas altíssimas margens de lucro.
A cada dia existem mais e mais medicamentos do tipo “self-service” nos convencendo que remediar é mesmo uma ação prioritária, anterior à prevenção.
Já não via muita lógica na aceitação da frase marqueteira de venda de remédios“ao persistirem os sintomas o médico deverá ser procurado”, mas quando comecei a investigar o que sustenta essa permissividade percebi que o buraco é mesmo mais embaixo.
E, para mim, tudo isso fica bem explícito quando me deparo com uma proposta de uma farmacêutica adquirir uma produtora de pesticidas.
Em minha avaliação, isso deixa escancarado que se trata de uma rede complexa, em que não sabemos ao certo onde começa o fio do novelo.
Sei, pode ser só uma suspeita e por isso fui tentar entender qual é a motivação da Bayer em uma compra como essa.
De forma resumida, a única declaração que encontrei do CEO, Sr. Werner Baumann foi: criar uma companhia de maior valor agregado aos seus shareholders (sócios) estakeholders (todos os afetados no negócio – inclusive você).
Ok, o discurso é bastante óbvio do ponto de vista empresarial, mas na verdade a coisa não funciona bem assim do ponto de vista do consumidor, no caso todos nós.
Eu fico extremamente preocupado com a possibilidade, caso a compra seja concluída, de termos uma empresa farmacêutica que controla toda a cadeia de consumo, desde os alimentos plantados com as sementes geneticamente modificadas até a distribuição dos seus remédios produzidos nas mais modernas fábricas ao redor do mundo.
A palavra controlar, neste caso, tem seu sentido literal.
E a fábula acima ilustra onde mora a minha preocupação.
Relação íntima
Se você acompanha a Jolivi já sabe da relação importante que a alimentação tem com a boa saúde.
E também já foi alertado que hoje os remédios que mais dão lucro para a indústria farmacêutica não estão conseguindo frear as doenças as quais tais medicações se destinam.
As drogas podem até amenizar as sequelas, porém não curam as causas.
O resultado é que as doenças crônicas permanecem matando impunemente ou deixando seus portadores incapacitados, sem que isso represente um problema financeiro para quem produz estes mesmos remédios.
Não bastasse isso, a qualidade nutricional dos produtos hoje plantados é muito inferior à qualidade dos mesmos alimentos cultivados há 50 anos. Isso está na avaliação dos principais nutricionistas do mundo.
Os métodos extrativistas não permitem, infelizmente, que os mesmos alimentos que hoje estão nas feiras e nos hortifrutis, tragam a mesma qualidade de nutrientes a você quando comparados com os benefícios que traziam para sua avó.
Isso quando as pessoas decidem mudar seus hábitos e trocarem os alimentos industrializados por comida de verdade.
Aí você me pergunta: mas Daniel, hoje vive-se muito mais do que na época dos nossos antepassados, não é mesmo?
Sim, muitos de nossos antecedentes, até bem pouco tempo, não conviviam com saneamento básico e morriam por diarreia.
Poderiam falecer em questão de horas caso tivessem uma apendicite. Estavam extremamente vulneráveis a qualquer infecção como tétano ou mordida de cachorro.
Porém, olhe as fotografias e puxe na memória: quantos dos seus parentes do passado eram obesos, diabéticos, tiveram câncer ou depressão? São doenças que não nos matam de forma tão imediata, mas nos acompanham durante todos os anos “extras” que ganhamos.
Os especialistas dizem que hoje deixamos de viver com qualidade cerca de 10 anos antes da nossa morte real. Dez anos!
Isso quando chegamos até lá porque também é impressionante o número de crianças cardiopatas, diabéticas, deprimidas e... medicadas.
Mais um convite
Volto, então, à fábula que iniciou o nosso encontro. Talvez, se o agricultor entendesse melhor a importância do milho para que ele não use a caixinha de remédio, o final da história seria outro. E depois que comecei com a Jolivi, percebi que posso ajudar na condução da trajetória de “muitos agricultores”. Nesta relação de saúde, são muitos atores que fazem parte. E é também por esta razão que criamos este dossiê. Alguns dos nossos leitores já acessaram este nosso material e nos confidenciaram que ficaram extremamente surpresos com os dados ali expostos. Isso porque, no dossiê, explicamos como vários alimentos combatem doenças graves, além de alertarmos sobre os 5 segredos mais perigosos sobre sua saúde, que nenhum médico irá lhe contar. Trata-se de um documento exclusivo, que você não encontrará em nenhum outro lugar. Se você ainda não conhece, reforço o convite para fazer isso imediatamente. Entenda como os nutrientes afetam diretamente sua saúde e seu dia a dia e aprenda a desvencilhar-se dos males.
Um abraço e boa leitura, 
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