Dançando na ponta da agulha: como as alternativas terapêuticas podem ajudar quem sofre com o Parkinson
 | Nivia de Souza , Editora |
Última chance |
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Você que ainda não conhece o nosso Dossiê Saúde e Nutrição tem até as 23h59 de hoje, quarta-feira, para garantir a vaga e participar do nosso primeiro webinário sobre os efeitos tóxicos do estresse. A participação é restrita aos assinantes. Você pode saber rapidamente o que contempla o nosso Dossiê neste conteúdo aqui. A aula online vai apresentar as melhores formas de gerenciar o estresse e será dada pelo nosso consultor Dr. Leonardo Aguiar. O encontro para assinantes do Dossiê ocorre nesta quinta-feira, dia 16, às 15h30.
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Há uns bons 2 anos, a Fernanda Aranda me enviou um link sobre um projeto que o English National Ballet ( ENB) promovia, que concedia aulas de balé para pessoas diagnosticadas com a doença de Parkinson. Na época, não imaginávamos que, um dia, estaríamos juntas aqui na Jolivi, mas ela sabia – como sempre soube – do meu amor pela dança clássica e do meu passado como bailarina. Então, quando me contou que tinha uma sugestão para uma e-letter, a Fernanda disse que eu iria adorar a ideia. Dito e feito! Estou, de fato, muito feliz em poder contar estas histórias que vêm a seguir. Antes, só uma pausa para um convite: veja aqui as razões que fazem os hábitos de vida ficarem de fora da maioria dos consultórios médicos.Eu sempre soube que o balé, outras modalidades de dança e as artes em geral têm efeitos terapêuticos, pois geram felicidade, liberaram ocitocina ( popularmente conhecida como hormônio do amor) e trazem uma série de melhoras físicas e emocionais. O que eu não sabia era que os conceitos, as técnicas e os pilares do balé clássico, que tanto fizeram e fazem parte da minha jornada, poderiam melhorar a qualidade de vida de pessoas com Parkinson. E, sim, pode. Comprovar a influência da dança nesta doença degenerativa é impressionante porque abre uma possibilidade de caminhos inclusive para quem não sabe e não gosta de dançar. Porque é a comprovação de que a via natural consegue efeitos terapêuticos que os medicamentos ainda não agregam. Por isso, continue me acompanhando. Porque o Parkinson, infelizmente, está na história de muitas famílias.
A doença não escolhe
O Parkinson foi descrito como doença, pela primeira vez, em 1817, pelo médico James Parkinson.
Desde então, é constantemente relacionada ao processo de envelhecimento dos seres humanos. Seus sintomas, porém, podem aparecer em qualquer idade, com predominância naqueles que já passaram da casa dos 50 anos.
A Associação Brasil Parkinson afirma que 1% das pessoas acima de 65 anos, no país, tem a doença.
Fenômeno multifacetado
Se você não conhece alguém que convive com a doença, talvez, pense que apenas os tremores involuntários acometem os parkinsonianos. Não. Além deste sintoma (tão fortemente representado por personagens da ficção), esta enfermidade neurológica e degenerativa afeta a produção de um neurotransmissor chamado dopamina, também chamada de molécula da motivação ( como abordamos neste conteúdo sobre o cansaço). Consequentemente, por afetar esta parte cerebral, a instalação da doença transforma todo o processo de movimentação. Os músculos ficam mais rígidos, os movimentos ficam mais lentos e há relatos de alteração do equilíbrio. Pense, então, leitor, em quão desafiador são os movimentos de balé clássico para os parkinsonianos. Desafiadores, sim. Impossíveis, nunca. De tudo o que li a respeito do trabalho realizado pelo ENB e pelas pesquisadoras Sara Houston e Ashley McGill, do Departamento de Dança de Froebel College, na Universidade de Roehampton, de Londres, fiquei bem emocionada com uma das constatações. Durante as 12 semanas de extensão do projeto com o balé, todos os 14 participantes continuaram até o fim e mais outros 10 passaram a participar dos encontros. Eu sei bem os poderes da dança. Imagino que essas pessoas também entraram em contato com um mundo diferente, cheio de emoções divertidas, que só nos é aberto quando conhecemos os pliés e companhia.
A influência da dança
De acordo com as pesquisadoras, o Parkinson é uma doença fisicamente debilitante e socialmente isoladora.
E é nestes dois pontos cruciais que a dança age, ampliando e muito a eficácia do tratamento.
Ao trabalhar o equilíbrio, o controle dos movimentos e o fortalecimento do corpo, as coreografias também influenciam no desenvolvimento da imaginação, da a educação cultural e do contato social.
Este efeito múltiplo da terapia alternativa ganha ainda mais destaque quando entendemos que os remédios que existem para o Parkinson na atualidade - quando usados a longo prazo - podem trazer efeitos colaterais bastante sérios.
Entre as sequelas descritas estão os movimentos involuntários anormais. Além disso, os levantamentos descrevem que esses medicamentos suprem apenas de forma parcial a falta de dopamina no organismo do parkinsoniano.
É neste contexto que as práticas alternativas às medicações deveriam ser estimuladas.
Mas isso ainda é uma minoria entre os ocidentais. Por aqui, talvez a acupuntura seja a técnica oriental mais bem aceita. E as agulhas, da mesma forma que as sapatilhas, também reúnem evidencias de melhora para o Parkinson.
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Agulhadas
O nosso consultor, dr. Carlos Schlischka, que também é acupunturista, me disse que, teoricamente, aquelas pequenas agulhas – obviamente, colocadas em pontos certos – fazem uma neuromodulação do cérebro.
“É uma forma de alterar os impulsos nervosos por meio de uma estimulação periférica de determinados pontos. Com o conhecimento necessário para a aplicação, você induz o Sistema Nervoso Central a alterar seus estímulos elétricos e a secreção dos neurotransmissores, como a dopamina”, explica o médico.
O médico ressalta que, como todo problema neurológico, o tratamento é a longo prazo.
Inicialmente, o dr. Carlos recomenda que se comece com 1 sessão de acupuntura por semana (acompanhadas de medicação se necessário).
“A medida em que melhora, entramos no tratamento de manutenção, uma vez a cada 15 dias, depois uma vez por mês”.
Força da juventude
Sim, é verdade que a maioria das pesquisas sobre a relação entre o Parkinson e acupuntura foi feita em outros países. Mas, três jovens alunas do Brasil estão empenhadas em mostrar a força da saúde natural e alternativa para quem está no alvo do Parkinson. As estudantes do 3º ano do ensino médio Luiza Cruz, Bruna Coelho e Rhany Boghazdelikian, todas de 17 anos, produziram um estudo científico a respeito deste tema e foram reconhecidas já internacionalmente. Em uma revisão bibliográfica da literatura científica existente e por meio de entrevistas quantitativas, elas concluíram “que a acupuntura é capaz de aumentar o nível das células dopaminérgicas de um parkinsoniano, resultando na real melhora dos sintomas da doença, o mesmo resultado observado com o tratamento por drogas químicas, porém menos prejudicial. As meninas também afirmam que puderam constatar que, de fato, essa técnica ocidental “pode melhorar a qualidade de vida de um parkinsoniano a partir do rearranjo da energia vital proporcionado, fazendo com que o paciente sintase melhor consigo mesmo e mais disposto”. O que inicialmente era para ser apenas um trabalho da feira de Ciências, tornou-se uma oportunidade de levar, com comprovação científica, mais qualidade de vida para os parkinsonianos. O trabalho que fizeram é de tanta qualidade, que o trio foi selecionado para participar da feira mundial de ciências Youth Science Meeting, que vai acontecer em Lisboa, Portugal, em julho. Obviamente, por razões que a gente vive falando na Jolivi, as meninas precisam de um empurrãozinho para continuarem nesta caminhada. E você pode ajudá-las nesta caminhada clicando aqui. Mas, além de ser muito bacana e gratificante ver gente jovem empenhada em melhorar a saúde das pessoas, Luiza me impressionou com a conclusão em que chegaram depois de tanta investigação sobre os efeitos da acupuntura e a escassez de trabalhos sobre a técnica. “Todo padrão alopático do ocidente esconde as formas alternativas para a doença, mesmo elas sendo efetivas. Tem o lance da indústria farmacêutica, pois a droga usada para tratar o Parkinson funciona, mas traz efeitos colaterais. Tem muito lucro e especulação. Essas técnicas alternativas não são tão utilizadas”, afirma. O intuito das meninas é dar continuidade ao trabalho. “Talvez. Com testes laboratoriais, se tivermos verba. Mas, nosso principal objetivo é levar para o SUS”, conta a jovem. Ela também acrescenta que, atualmente, o sistema público aplica a técnica em alguns pacientes. “Ao longo do trabalho, conversamos com algumas pessoas que fizeram acupuntura pelo SUS. Eram raros os casos para Parkinson. A maioria era particular”. As meninas querem contribuir para toda a sociedade parkinsoniana do Ocidente, que é injustamente desprovida de informações a respeito do tratamento com acupuntura para a doença. Todo o nosso apoio a elas! Na ponta dos pés ou na ponta da agulha, a gente sabe que a saúde natural é o melhor remédio. E traz esperança, conforto e solução para quem desenvolve o Parkinson.
BREAKING NEWS |
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Um dos maiores lutadores da história do MMA, o brasileiro Wanderley Silva chamou a atenção na última semana ao lamentar em uma rede social a morte de seu colega de profissão, o norte-americano Kimbo Slice.
No desabafo, Wanderley revelou temer as consequências que os choques causados pelas pancadas na cabeça podem ter sobre sua saúde física e mental.
“Estive presente em uma palestra sobre concussion (pequenos danos cerebrais causados por impacto). De 15 sintomas apresentados pelo especialista, tinha 12! Mas fazer o quê?”, escreveu ele.
O medo é justificado pelo que é conhecido na medicina como “encefalopatia traumática crônica do boxeador”, doença comum em atletas que sofrem traumas, como pugilistas e jogadores de futebol americano e hóquei no gelo.
O boxeador Mohammad Ali, falecido no início deste mês, convivia há mais de 30 anos com o Mal de Parkinson, doença que também pode estar associada ao excesso de pancadas na cabeça.
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