ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
BRIGADA MILITAR - ESTADO MAIOR
P M - 5
CLIPPING DE TERÇA-FEIRA,
05 DE JANEIRO DE
2016
VIAGEM SEGURA REDUZ
TESTES COM BAFÔMETRO (PÁGINA 17) Divulgados
ontem pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), os números da Operação
Viagem Segura apontam que os motoristas que dirigiram embriagados no feriadão
de Ano-Novo tiveram o caminho mais livre em relação ao ano anterior – foram 249
testes por dia com bafômetro neste Réveillon, contra 593 em 2015, redução de
58%.Isso ocorreu por causa da diminuição do efetivo nas estradas,
principalmente da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Houve uma mudança de
estratégia do Detran, que baseia-se na queda do número de acidentes fatais para
defender o trabalho de fiscalização dentro da nova lógica.Os dados do órgão
mostram que morreram cerca de 300 pessoas a menos (15%) nas vias urbanas e
rodovias estaduais e federais em acidentes durante 2015 na comparação com 2014.
Para o diretor institucional do Detran, Rossano Gonçalves, a fiscalização,
mesmo que reduzida, é feita de forma inteligente: “Em todos os feriadões, tem
caído o índice de abordagens e, por consequência, dos testes de etilômetro. Não
faço nenhuma crítica porque a realidade está posta. Diminuiu o efetivo,
especialmente da PRF. Com isso, alteramos a estratégia. Se a PRF atacar
veículos de forma aleatória, deixará de ter presença ostensiva e controle de
velocidade com radares móveis”. A falta de pessoal fez Detran, Comando
Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), PRF e outros órgãos focarem nos
quilômetros mais críticos das rodovias e em horários como a largada do feriado
e as chegadas e saídas de festas. Ao todo, 1,2 mil motoristas foram parados nas
ruas, avenidas e estradas no Estado entre quarta-feira e domingo. A queda
impactou na quantidade de flagrantes de condutores bêbados. Nos cinco dias de
operação, 123 motoristas receberam multa por estarem alcoolizados, o que
representa 25 autuações por dia – em 2015, a média diária foi de 30. Até o
domingo, 54 pessoas foram levadas à delegacia. “Fornecemos todos os números
para o CRBM e para a PRF dos pontos onde ocorrem mais acidentes. Focamos no
começo das viagens, e as ações são complementadas pelas polícias”, explica
Gonçalves. Iniciada em novembro de 2011, a operação é um esforço conjunto das
autoridades de trânsito que busca prevenir acidentes nas estradas nos feriadões
e datas de especial movimentação de veículos.Para este ano, os organizadores
apostam em uma campanha educativa, que deve se estender até depois do Carnaval.
Peças para rádio, mídia externa e internet levam aos motoristas mensagens de
prevenção que apelam para o desejo do condutor de continuar aproveitando estas
e outras férias no futuro, junto à família e aos amigos. RODOVIAS ESTADUAIS
TRÊS MORTES NAS ESTRADAS
(PÁGINA 18) Pelo
menos três pessoas morreram em acidentes de trânsito ontem no Estado. No início
da tarde, um casal morreu em um acidente no km 92, próximo ao trevo da RS-344, em Santo
Ângelo, na Região das Missões. Houve uma colisão frontal entre um
Corolla, com placas de Passo Fundo, e um caminhão da empresa Dinon, de
Horizontina. As informações são da Rádio Gaúcha. Conforme a Brigada Militar, o
motorista do carro morreu no local. A passageira chegou a ser conduzida ao
Hospital de Santo Ângelo, mas não resistiu aos ferimentos. As vítimas foram
identificadas como Sérgio Jabelufa, 42 anos, e Letícia Salapata Milanesa, 31
anos, ambos naturais de Guarani das Missões. Perto das 18h, o trânsito era
desviado no trecho para remoção dos veículos. Por volta das 14h30min, a BR-290
ficou bloqueada nos dois sentidos devido a um acidente envolvendo três
caminhões que resultou na morte de uma pessoa. O caso ocorreu no km 143, em
Eldorado do Sul. O trecho é de pista simples e fica na região de Parque
Eldorado próximo a Arroio dos Ratos. Ainda não há confirmação sobre as
circunstâncias do acidente. Três horas após a colisão, o trânsito foi liberado.
TRÊS SUSPEITOS DA MORTE
DE PM SÃO IDENTIFICADOS (PÁGINA 19) A
Polícia Civil identificou mais três suspeitos de envolvimento na morte do
policial militar Maysson Fagundes da Silva, 27 anos, durante o Réveillon, em
Tramandaí, no Litoral Norte. De acordo com o delegado Paulo Perez, que
investiga o caso, o grupo pode chegar a até 10 pessoas. Os nomes não foram
divulgados para não prejudicar as investigações. Nelson José Paiano, 19 anos,
foi preso temporariamente na sexta-feira, em Alvorada. Em depoimento à polícia,
negou participação no crime. O jovem alega que não passou a virada do ano no
litoral e afirma ter testemunhas e vídeo para comprovar que não estava na cena
do crime. Ontem, Perez ouviu diversas testemunhas a favor de Paiano. No
entanto, o depoimento das pessoas que acompanhavam o policial militar no dia da
morte foi adiado para hoje, e deve acontecer em Porto Alegre. Elas teriam
condições de fazer o reconhecimento do jovem e esclarecer a situação. “Ainda
não podemos divulgar nem de onde seriam esses suspeitos. Mas, a partir da
prisão deles, queremos chegar a outros envolvidos. O caso dele (Paiano) está
sob análise. Pode ser que ele seja liberado”, afirma o delegado. Os três novos
suspeitos foram identificados por meio de uma foto publicada em uma rede social
durante o Ano-Novo. A identificação dos outros homens aponta outra linha de
investigação, a de que Maysson tenha sido vítima de uma desavença. A hipótese
de vingança perdeu força, mas não foi afastada. “Vamos conferir se os novos
suspeitos tiveram alguma relação com o PM antes. Ainda não sabemos. Por isso,
não descartamos”, diz Perez. O delegado afirma que vai solicitar a prisão
temporária do trio nesta semana. Maysson foi morto com um tiro na cabeça na
madrugada de sexta, em Tramandaí. O crime ocorreu na Avenida Beira-Mar, por
volta das 3h30min. O PM estava de folga e viajou para passar as festas de fim
de ano. Durante a comemoração de Réveillon, Maysson teria dito aos amigos que
um dos homens havia sido preso por ele em uma ocorrência de roubo de veículo,
registrada em Alvorada em novembro de 2015. Ele integrava o 11º Batalhão da
Polícia Militar, na Capital. TRAMANDAI
NENHUM POLICIAL VIGIAVA
CADEIA QUANDO DETENTOS FUGIRAM (PÁGINA 19) Imagens feitas por um preso e divulgadas nas redes
sociais mostram que não havia nenhum policial na guarita próxima ao local onde
três detentos escalaram, pularam e fugiram da Penitenciária Industrial de
Caxias do Sul (PICS). Investigações preliminares apontam que o policial que
estava naquela guarita saiu para buscar um rádio quando houve a fuga. A Brigada
Militar abriu sindicância sobre o caso. O procedimento deve ser concluído em
cerca de 20 dias. O preso que filmou a fuga foi identificado ontem. O vídeo foi
feito pela janela de uma das celas. Segundo a Superintendência de Serviços
Penitenciários (Susepe), o aparelho estava na cama do preso. O nome dele não
foi divulgado para não prejudicar as investigações, mas ele será transferido e
responderá a processo disciplinar. Ariovaldo Bopsin da Silva, 42 anos,
Lamartine Nixon Pereira, 47, e Everton Ribeiro Zotti, 32, ainda não foram
recapturados. A falta de efetivo e o corte de horas extras foram motivos
alegados pela BM para justificar a fuga. Segundo o subcomandante do 12º
Batalhão de Polícia Militar, major Emerson Ubirajara de Souza, só
esporadicamente são escalados para o serviço seis PMs (um para cada guarita existente
no local). CAXIAS
DO SUL
NÃO ADIANTA PRENDER SÓ
PICHADOR (Artigo assinado pelo jornalista HUMBERTO TREZZI, página 20) Virou
um acirrado debate nas redes sociais a ideia de colocar os guardas municipais a
patrulhar as ruas contra os ladrões – proposta feita pelo atual secretário da
Segurança Pública, Vantuir Jacini, para driblar a carência de PMs. O prefeito
de Porto Alegre, José Fortunati, e o vice, Sebastião Melo, mostram-se pouco
inclinados a incumbir seus guardas de tarefa semelhante à da Brigada Militar.
Argumentam que já há serviço que chega para a missão original deles, que é
guarnecer prédios e parques públicos. Já muitos internautas adoraram a ideia e
querem que os guardas prendam criminosos, como a BM e a Polícia Civil já
fazem.Nesse debate, eu tenho lado. Acho que é mais que hora de a Guarda
Municipal atuar com vigor contra o crime em geral, não apenas contra
delinquentes que atuam com menor potencial ofensivo. Em resumo, não adianta
prender só pichador ou vândalo. A população implora que o poder público use de
todos os seus meios para conter a onda de crimes que assola o país. E isso
inclui as esferas federal, estadual e – por que não? – municipal. Guardas
municipais, em várias cidades do Estado, há anos usam armas. Ganharam em 2014 uma
lei que prevê que façam uso do poder de polícia. Somadas, as duas iniciativas
transformam eles em policiais (de fato). Não custa lembrar que nos Estados
Unidos as polícias são, majoritariamente, municipais. Por que não ajudarem com
mais vigor a BM na dura tarefa de policiar as ruas? Por acaso impedir
grafitagem em muros ou quebra de janelas em escolas é mais nobre do que ajudar
cidadãos vítimas de assalto?Lógico que os guardas já trabalham, e muito.
Estatísticas da prefeitura porto-alegrense mostram que, desde que foi
inaugurado o Disque-Pichação (em 2006), foram registradas cerca de 1.780
ocorrências de vandalismo. A Guarda Municipal deteve mais de 400 pichadores em
flagrante desde então, sendo que, desses, 90 eram adolescentes infratores,
apreendidos em flagrante. Lógico também que não prendem só pichadores: dia
desses, prenderam no Parque Farroupilha um foragido catarinense, evitaram um
assalto no Partenon e um estupro na orla do Guaíba, como fui informado. Tudo
bem. Mas nós, moradores do Rio Grande, queremos mais. Se os guardas municipais
já existentes atuassem sempre contra crime em geral – não só na proteção de
áreas públicas – seriam 2,6 mil agentes a mais a fazer a segurança pública. Vai
sobrecarregar as prefeituras? Talvez, mas a população saberá agradecer ao
governante que tomar essa iniciativa.
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