ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
BRIGADA MILITAR - ESTADO MAIOR
P M - 5
CLIPPING DE TERÇA-FEIRA,
19 DE JANEIRO DE
2016
ROUBO DE VEÍCULOS CRESCE
89% NO LITORAL (CAPA E PÁGINA 17) As
ocorrências registradas nos 20 primeiros dias do verão na Operação Golfinho, em
todo o Estado, revelam que os motoristas precisam ter o cuidado redobrado neste
verão. Nos municípios que integram a ação, nos litorais Norte e Sul, o aumento
do roubo de carro foi de 89% comparado com o mesmo período da temporada
2014-2015. Entre 22 de dezembro de 2015 e 10 de janeiro deste ano, foram 36
veículos levados com violência. Os ladrões roubaram 17 carros no Litoral Norte
e 19 no Sul. Na temporada anterior, 19 haviam sido levados no total. O número
ganha mais expressão se comparado às últimas cinco edições da operação: até
agora, é o maior, tendo em segundo lugar a temporada 2011-2012, quando foram
roubados 35 veículos nos mesmos 20 dias. “Os finais de semana à noite são
preferidos pelos ladrões. Atenção ao entrar e sair do carro é fundamental”,
afirma o major Ronie Coimbra, coordenador de Comunicação da Brigada Militar
(BM) na Operação Golfinho.Segundo ele, a BM faz barreiras para coibir o crime e
impedir que carros furtados ou roubados saiam das praias. O resultado, afirma,
tem aparecido: 103 haviam sido recuperados até ontem. “Como não há flagrante,
os detidos em barreiras respondem por receptação nesses casos”, explica. Identificar
possíveis ladrões de carro pela roupa ou condição social é um dos grandes
erros. “Se um estranho se aproxima, mesmo bem vestido, é preciso cuidado. Se
parado perto do portão sem motivo, se deve ligar para o 190”, alerta o major. Para
os veranistas do Litoral Norte – entre Quintão e Torres –, a notícia é ainda mais
preocupante. O salto do roubo de carros foi de 183% comparado ao mesmo período
do ano passado.Até o dia 10, a BM contava 17 veículos roubados na região. Na
mesma época da temporada anterior, seis carros foram levados, mesma quantidade
registrada na temporada 2013-2014, segundo a BM. A migração de veranistas,
nesta época, é o principal fator para o aumento dos ataques. LITORAL NORTE/SUL
VIRADA NA SEGURANÇA É O
MAIOR DESAFIO DE SARTORI (POLITICA +, COLUNA DE ROSANE DE OLIVEIRA, PÁGINA 8) Por
mais que o governador José Ivo Sartori e seus secretários insistam em tratar os
problemas da segurança pública do Rio Grande do Sul como um contratempo que
todos os Estados enfrentam, nos bastidores existe o reconhecimento de que a
situação passou dos limites. Aliados do governador cobram uma virada na
segurança, temerosos de que a apatia e o discurso conformista contaminem as
candidaturas dos aliados na eleição municipal.Até no PMDB, partido do
governador, a convicção é de que chegou a hora de trocar o discurso caótico da
crise das finanças por uma postura mais propositiva. – Não se trata uma doença
sem ter o diagnóstico, mas o diagnóstico em si não cura – diz o presidente do
PMDB, Ibsen Pinheiro.O segundo ano do governo Sartori é o item 2 da pauta do
próximo encontro estadual do PMDB, ainda sem data definida. O primeiro é a
eleição municipal, incluindo a definição de reuniões regionais para tratar de
candidaturas e a discussão do financiamento da campanha, agora que as doações
de empresas estão proibidas. Aliados de diferentes partidos querem a demissão
do secretário Wantuir Jacini. Argumentam que a Secretaria da Segurança precisa
de alguém capaz de mudar a percepção de que o governo está conformado com
resultados pífios no combate à violência. Não está em discussão a capacidade
técnica de Jacini nem sua lealdade – elogiadas por Sartori –, mas a postura
excessivamente defensiva do secretário. O perfil do eventual substituto de
Jacini varia conforme o interlocutor. Há quem defenda a indicação de alguém
como o deputado Enio Bacci (PDT), que marcou sua rápida passagem pelo governo
de Yeda Crusius pela performance de caçador de bandidos. Como esse perfil não
combina com a visão de Sartori, o mais provável é que, se Jacini sair, o
governo escolha um substituto com as qualidades de Ana Pellini (Ambiente) e
João Gabbardo (Saúde), dois auxiliares elogiados pela competência e pela
objetividade. O governo sabe que trocar o secretário não basta. Para virar a
chave, será preciso nomear mais policiais civis e militares, investir em presídios
e tomar medidas que devolvam ao cidadão a percepção de segurança nas ruas.
LEI KISS SEGUE NO PAPEL
(RBS BRASILIA, PÁGINA 21) Na próxima semana, o incêndio da boate Kiss,
que matou 242 pessoas, completa três anos. Já a alardeada Lei Kiss, que deveria
padronizar regras e tornar as casas noturnas mais seguras no país, não foi
aprovada em definitivo. O projeto passou pela Câmara, foi alterado no Senado e
retornou à Câmara, onde tramita em três comissões. Por ora, não há previsão de
votação em plenário. A futura lei sofre com a pressão de categorias. O Senado
barrou convênios entre municípios e bombeiros. Prefeituras de cidades sem
unidades de bombeiros militares fariam acordo para que os próprios bombeiros
treinassem equipes em prevenção e combate a incêndios. Estas equipes
realizariam fiscalizações. As corporações não querem ceder espaço. Na Câmara,
segue o lobby, dois relatores do projeto são da bancada da farda: Capitão
Augusto (PR-SP) e Tenente Lúcio (PSB-MG). Passados mais de mil dias da tragédia
em Santa Maria, os congressistas que deram entrevistas e enviaram mensagens de
solidariedade às famílias pouco fizeram. Fica a impressão de que aproveitaram a
dor alheia para aparecer.
FORÇA (RBS BRASILIA,
PÁGINA 21) Com novas explosões e assaltos a banco, o deputado Giovani
Cherini (PDT) retoma o coro para que o governo do Estado convoque a Força
Nacional, sugestão ignorada pelo Piratini. Cherini também critica a falta de
policiais militares no Interior.
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