ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
BRIGADA MILITAR - ESTADO MAIOR
P M - 5
CLIPPING DE QUINTA-FEIRA,
13 DE AGOSTO DE 2015
A CADA DIA, 44 CARROS
SÃO ROUBADOS NO RS (CAPA E PÁGINAS 20 E 21) A mais recente estatística sobre a violência no Rio
Grande do Sul indica que a repressão a roubos de veículos e assaltos é
principal desafio para as autoridades policiais. Conforme dados divulgados
ontem pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), os roubos de carros cresceram
17% no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014. E os
assaltos em geral subiram 21,7%. Março bateu recorde de ataques a motoristas.
Foram 1.478 casos, o mais alto número deste tipo de crime dentro de um mês
desde 2002, quando a SSP começou a divulgar a série histórica dos principais
delitos. Em média, 44 automóveis são roubados por dia no Estado em 2015. Há
cinco anos, a média era de 29 casos. Enquanto isso, o furto de veículo (levado
sem o dono perceber) teve um aumento de apenas 3%. Isso ocorre porque cada vez
mais carros são dotados com dispositivos de segurança, tornando quase
impossível ligar o motor de um carro com chave falsa. Assim, os bandidos
preferem abordar as vítimas, em geral, armados, quando elas estão ao volante. Os
criminosos estão mais violentos também na comparação de assaltos em geral (a
pedestres e a estabelecimentos comerciais, por exemplo). Enquanto os furtos
tiveram queda de 5,7%, os roubos estão em alta. Março e junho foram os meses
com os números mais elevados nos últimos 13 anos. São 203 casos por dia. Há
cinco anos, a média era de 145 roubos. Um dos motivos para o aumento de roubos
pode ser a crise nos albergues onde devem ser recolhidos condenados por em
regime semiaberto. Como não há espaço, a Justiça tem concedido aos criminosos
prisão domiciliar, monitoramento eletrônico ou, simplesmente, os deixando em
casa esperando a abertura de vagas. Atualmente, são 4,8 mil bandidos nesta
condição no Estado, destes, 2,3 mil na Região Metropolitana. Para o delegado
Luciano Dias Peringer, titular da Delegacia de Repressão aos Roubos de
Veículos, um dos problemas que envolve este delito é o comércio clandestino de
peças e clonagem. O policial acredita que a regulamentação da lei que normatiza
a venda de peças usadas dará meios para coibir a destinação de carros furtados
e roubados para ferros-velhos ilegais. Segundo a SSP, está sendo encaminhada à
Casa Civil uma “minuta de projeto de lei que permitirá ao Estado regulamentar a
atividade de desmanche e comercialização de peças, com mecanismos eficientes de
fiscalização e inibição de ilícitos”. De acordo com a SSP, o índice de
recuperação de veículos é de 60%. Em relação a crimes de sangue, o Rio Grande
do Sul experimenta uma diminuição em 2015. O primeiro semestre registrou uma
leve queda de 2,2% nos casos de homicídios dolosos (quando há intenção de
matar). No mesmo período, os latrocínios (roubo com morte) tiveram diminuição
bem maior: 22,9%.No caso dos homicídios, a criação de delegacias especializadas
pode influenciar na queda dos índices por aumentar em até 80% a taxa de
esclarecimento das mortes, com indiciamento e prisão de homicidas. Desde 2013,
a Polícia Civil conta com 14 novas unidades nas cidades mais violentas – em
Porto Alegre, saltou de duas para seis delegacias. ESTADO
EM SEIS MESES, 4.106
VEICULOS FORAM ROUBADOS NA CAPITAL (PÁGINA 21) O roubo de carros, um dos crimes que
mais preocupam a população pela violência envolvida no momento do ataque,
cresceu 26% em Porto Alegre se comparados os primeiros semestres de 2014 e
2015. Os dados mostram que, em seis meses do ano passado, foram 3.260 veículos
levados, enquanto neste ano foram 4.106. O crescimento dos índices tem colocado
em alerta autoridades e empresas de seguros de veículos. O sindicato das
seguradoras do Estado (Sindseg/RS) aponta números ainda maiores: o aumento de
roubos e furtos na Capital e na Região Metropolitana seria de 50% comparando os
dois semestres e levando em conta a frota segurada. E o aumento estaria se
agravando em agosto, para quando está sendo esperado pelo sindicato um número
total de mil ocorrências, contra a média mensal que fica entre 600 e 700. “A
primeira semana de agosto foi pesada e assusta porque são métodos violentos.
São jovens drogados portando armas para roubar carros. Não se tornar vítima de
latrocínio depende também de sorte”, diz Julio Cesar Rosa, presidente do
Sindseg/RS. O sindicato esclarece que sua base de dados, para calcular o
aumento de furtos e roubos, é a de ocorrências envolvendo a frota com seguro,
que representa 35% da frota circulante no Estado. Essas ocorrências, segundo o
sindicato, estão relacionadas em maioria (70%) a veículos populares, com idade
de três a cinco anos. Sobre os motivos para este cenário, um dos destaques é a
presença do policiamento. “Toda e qualquer fragilidade na área da segurança
traz mais facilidades à indústria do crime. Se temos menos PMs nas ruas, mais
facilidade há”, diz Rosa ao comentar a operação-padrão feita por policiais por
conta do parcelamento de salários.Em 3 de agosto, dia marcado para protestos
dos servidores públicos, 46 carros foram roubados na Capital. Em 27 de julho,
apenas 12 veículos foram tomados por ladrões. Comparando dados de dias úteis da
semana em que houve redução no ritmo de trabalho das polícias com registros da semana
anterior, ocorreu um aumento de 30% só na Capital. PORTO ALEGRE
MAU
CONSELHO (SEM BARREIRA, COLUNA DE WIANEY CARLET, PÁGINA 43) Policiais
militares foram flagrados jogando videogame na guarita do Presídio Estadual
Júlio de Castilhos, na hora do expediente. “Joguem PlayStation”, recomendou
D’Alessandro. Os brigadianos aceitaram a recomendação. Mais cuidado com maus
conselhos.
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