quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Clipping da Brigada Militar do RS




                                                  ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
 BRIGADA MILITAR - ESTADO MAIOR
P M - 5

          CLIPPING DE SEGUNDA-FEIRA,

03 DE AGOSTO DE 2015

  


ADOLESCENTE DE 17 ANOS É MORTO EM CHARQUEADAS (CAPA E PÁGINA 18) O município de Charqueadas, na Região Metropolitana, a 57 quilômetros da Capital, amanheceu triste e perplexo ontem. Muitas pessoas trocaram os tradicionais passeios e as rodas de chimarrão pelo velório do jovem Ronei Wilson Jurkiftz Júnior, 17 anos. O adolescente, que cursava o último ano na Escola Técnica Cenecista Carolino Euzebio Nunes, foi morto a chutes, socos e garrafadas, na madrugada de sábado, ao final de uma festa que ele e colegas organizaram para angariar fundos para a formatura, no final do ano. O crime foi cometido na frente do pai, que foi buscá-lo e também acabou sendo agredido. Desde o sábado, circulam pelo WhatsApp áudios em que supostamente um dos agressores narra o crime a amigos. A polícia local ainda não confirmou a veracidade dos áudios ou se têm relação com a morte de Ronei. A festa foi no clube Tiradentes, no centro de Charqueadas. De acordo com testemunhas, durante a noite, um grupo de jovens teria tentado entrar sem pagar e acabou barrado por um dos colegas de Ronei, que controlava a portaria. Inconformados, teriam ameaçado o estudante. Ao final do evento, já prevendo problemas, Ronei teria ligado para o pai, um empresário, pedindo que fosse buscá-los (ele e o colega ameaçado). Conforme os relatos, os dois estudantes já entravam no carro quando foram puxados para fora pelos agressores. O empresário e os dois jovens foram cruelmente agredidos. Ronei foi o que mais sofreu, não resistindo aos ferimentos, apesar de socorrido. O pai também recebeu atendimento. O delegado de Charqueadas, Rodrigo Machado dos Reis, convocou todas as equipes da delegacia para um mutirão na tarde de ontem, para ouvir testemunhas e solucionar o caso com a maior rapidez possível, uma vez que há previsão de paralisação para hoje, devido ao parcelamento dos salários do funcionalismo estadual. O crime foi o assunto predominante na cidade durante o final de semana. No velório, até mesmo pessoas que não conheciam Ronei foram prestar solidariedade a amigos e à família. Abalados, familiares pouco falaram. Um tio limitou-se a informar que o pai do jovem sofreu lesões, sem maiores gravidades físicas. O prefeito de Charqueadas, Davi Souza, anunciou que deve convidar o delegado e o comandante do batalhão da Brigada Militar para uma reunião hoje. Uma caminhada “pela paz”, deverá ser realizada durante a semana. A jornalista Patrícia Ferreira da Silva, moradora do município, afirma que o aumento da criminalidade deixa a população preocupada: “A violência está cada vez maior e não estamos vendo reação. Proporcionalmente, Charqueadas é o município com maior número de presídios e penitenciárias da América Latina, mas, mesmo assim, aqui fora a cidade parece à mercê dos bandidos”. CHARQUEADAS

ENTIDADES PROMETEM PARAR, PIRATINI PEDE COMPREENSÃO (CAPA COM FOTO E PÁGINAS 8 A 12) ENTIDADES QUE REPRESENTAM servidores públicos prometem parar hoje em rechaço à decisão do Piratini de parcelar salários acima de R$ 2.150. Associações da BM e do Corpo de Bombeiros decidiram pelo aquartelamento, mas comando diz que tudo tem limite. Governo afirma que manifestações são legítimas e pede compreensão. Em protesto contra o parcelamento de salários que atingiu 47,2% do funcionalismo, servidores públicos estaduais prometem cruzar os braços nesta segunda-feira, batizada de Dia da Indignação. Apesar de a mobilização colocar em xeque a prestação de serviços essenciais, o Palácio Piratini não tem uma estratégia definida para enfrentar a paralisação e minimizar os impactos de uma possível greve generalizada. Policiais militares (PM) já deram largada na operação-padrão no final de semana, e há a possibilidade de escolas não abrirem as portas. Bombeiros, policiais civis, agentes penitenciários e funcionários da saúde também estão entre as categorias que devem aderir ao protesto. O governo do Estado admite que o cenário não será o de serviços “100% dentro da normalidade”. No entanto, segundo o secretário-geral de Governo, Carlos Búrigo, a aposta continuará sendo no diálogo e na compreensão por parte das categorias que ganham acima de R$ 2.150 e tiveram seus vencimentos de julho divididos em três parcelas. Braço direito do governador José Ivo Sartori, Búrigo disse que as manifestações são legítimas e que o Piratini “respeita a posição e entende a situação difícil que os servidores estão enfrentando”. “O governo teve de parcelar salários não por sua vontade. Ninguém faz um ato desses porque quer e, sim, por necessidade. Não há recursos, e isso é um fato. Então, temos de somar esforços e dialogar para que possamos, de maneira ordeira, encontrar uma saída. Esperamos que os servidores entendam, pois a paralisação não vai ajudar em nada, só vai dificultar ainda mais a situação”, avaliou. Questionado sobre medidas que podem ser adotadas em caso de agravamento da paralisação, o secretário afirmou que a cúpula do Executivo não trabalha com tal hipótese, mas avisou que, se isso acontecer, serão feitas “avaliações internas” para decidir os próximos passos. Ele não descartou a possibilidade de acionar a Justiça. A prioridade agora, conforme o secretário, é finalizar o pacote de medidas para lidar com a crise financeira do Estado que será enviado para Assembleia até a próxima sexta-feira. “Entendemos que nenhuma ação radical de qualquer parte - nossa ou dos servidores – vai fazer com que o cenário mude de um dia para o outro. Sabemos que a culpa não é do servidor, porém, nosso maior gasto é com a folha. Infelizmente, não temos como escolher não pagar outra coisa, já não estamos pagando fornecedores. Os servidores também têm que se colocar no nosso lugar”. Entre as áreas afetadas pelo movimento, a mais sensível é a da segurança pública. Servidores da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros decidiram pelo aquartelamento e, em uma nota, chegaram a pedir que a população permaneça em casa no dia de hoje. O comandante-geral da BM, coronel Alfeu Freitas Moreira, que passou o domingo no QG da corporação, admitiu estar “muito preocupado”. No entanto, destacou que, por enquanto, não há nenhum indicativo de que a situação poderá sair do controle. “Existe uma regra, tudo tem um limite. Aquilo que for ilegal ou irregular, com certeza, será punido. Estamos acompanhando, monitorando, e é prematuro falar em qual vai ser a redução”, disse ele, lembrando que os militares são proibidos constitucionalmente de suspenderem suas atividades. No final de semana, em Porto Alegre, Pelotas e Santana do Livramento, PMs se recusaram a sair com viaturas em situação irregular, como problemas mecânicos ou documentação vencida. Conforme Freitas, o policiamento não foi prejudicado, pois os agentes utilizaram outros meios. A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbanos de Passageiros de Porto Alegre se reuniria na madrugada desta segunda para definir se a categoria também paralisaria os serviços. O motivo para os 8,6 mil rodoviários não trabalharem seria a falta de segurança devido ao possível aquartelamento dos PMs. O sindicato informou que, se a ameaça dos policiais se cumprisse, os rodoviários seriam orientados a não deixarem as garagens das empresas de transporte na Capital. PORTO ALEGRE

SEM SEGURANÇA, BANCOS PODEM FECHAR AS PORTAS (PÁGINA 9) Uma liminar, deferida ontem pela Justiça do Trabalho, permite que os bancos não abram hoje, caso não haja policiamento nas ruas em função da paralisação dos servidores da segurança pública. A decisão vale para todo o Estado e foi concedida após ação judicial movida pelo SindBancários e pela Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fratrafi-RS). Segundo as entidades, há preocupação com a segurança dos servidores e clientes devido à promessa de sindicatos de que não haverá policiais nas ruas, em protesto contra o parcelamento de salários. Apesar da liminar, a orientação é que os funcionários compareçam aos bancos para que sejam avaliadas as condições de trabalho e para verificar se há a necessidade de dispensar os trabalhadores. “Nossa preocupação é com a segurança de colegas e clientes. A decisão judicial reconhece o risco de abrir uma agência bancária sem polícia nas ruas. O Judiciário teve sensibilidade para reconhecer que há muitos riscos envolvidos. Esperamos que os bancos tenham a mesma sensibilidade e dispensem os trabalhadores”, disse o presidente do SindBancários, Everton Gimenis. A entidade informou que alguns diretores estarão circulando pelas ruas de Porto Alegre desde as primeiras horas da manhã para avaliar se haverá segurança para manter as atividades normais nas agências. De acordo com o levantamento do SindBancários, desde o início do ano até o dia 31 de julho, foram 124 ataques a bancos da Capital. São 11 ocorrências a mais do que no mesmo período do ano passado. “Toda semana há casos de ataques a bancos com todo o tipo de violência. E isso que temos garantia de policiamento ostensivo. Nossa preocupação é que não haja policiamento, e os bancários fiquem ainda mais vulneráveis”, acrescenta Gimenis. PORTO ALEGRE

OPERAÇÃO-PADRÃO DA BM E POLICIAMENTO RESTRITO (PÁGINA 10 COM FOTOS) Prevista inicialmente para hoje, a paralisação dos servidores da segurança pública foi antecipada e teve adesões em pelo menos oito municípios no final de semana. Foram registrados protestos devido ao parcelamento dos salários em Candelária, Caxias do Sul, Novo Cabrais, Pelotas, Porto Alegre, Santa Maria, Santana do Livramento e Santiago. Na Capital, em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, e em Pelotas, na Zona Sul, policiais militares iniciaram uma operação-padrão e se recusaram a sair com viaturas em situação irregular, como problemas mecânicos ou documentação vencida. Em Livramento, todas as viaturas da cidade estavam com algum problema, e os agentes fazem o policiamento apenas a pé. Houve confusão em Porto Alegre e Livramento, com ameaça de prisão aos policiais que se negaram a sair, mas a situação foi contornada. “A Constituição diz que a gente não tem direito de fazer greve, então a gente faz tudo dentro da legalidade, e não sair com viatura irregular faz parte disso”, afirmou o presidente da Associação de Cabos e Soldados de Pelotas, Neimar Lima. Em Caxias do Sul, na Serra, familiares de policiais e servidores da Brigada Militar fizeram uma manifestação em frente à sede do 12º Batalhão de Polícia Militar (12ºBPM), no bairro Kayser. Um grupo tentou impedir a saída de policiais para o patrulhamento da cidade. A ausência de policiamento nos arredores do Estádio Alfredo Jaconi provocou uma série de tumultos nas horas que antecederam o jogo entre Juventude e Brasil de Pelotas, no sábado. A delegação do Brasil chegou ao estádio sem qualquer escolta.Simone Dandolini de Souza, 35 anos, mulher de um policial, foi ao protesto para manifestar seu descontentamento com o parcelamento do salário dos servidores: “Também gostaríamos de honrar com os nossos compromissos porque as contas chegam. A comunidade toda deveria estar aqui apoiando a Brigada Militar”. Ainda foram registrados protestos em rodovias na região Central. Em Santiago, pneus foram queimados e um boneco vestindo farda da BM foi pendurado às margens da BR-287. Outros dois bonecos também foram avistados na BR-158, em Santa Maria, onde uma faixa dizia “Se não pagar, a BM vai parar. Governo terrorista”. Em Novo Cabrais e Candelária, na RSC-287, houve queima de pneus. ESTADO

PMs EVITARAM VIATURAS COM DOCUMENTAÇÃO IRREGULAR (PÁGINA 10) Uma pilha de escudos transparentes e capacetes laranja ao pé de uma árvore chamou a atenção de quem passou ontem pelo Parque Marinha do Brasil, em Porto Alegre. A cena foi um dos reflexos da paralisação dos servidores da segurança pública em protesto contra o parcelamento de salários – anunciada para hoje, a mobilização já limitava o trabalho da Brigada Militar (BM) um dia antes. Segundo o presidente da Abamf – associação que representa servidores de nível médio da corporação –, Leonel Lucas, os policiais receberam orientação para não irem à rua com viaturas que não estivessem regulares, tanto por falhas mecânicas quanto por falta de licenciamento. Em razão da medida, a Companhia de Operações Especiais do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Porto Alegre, que faz a segurança no entorno do Beira-Rio em dias de jogo, não teve transporte disponível para o trabalho durante o empate entre Inter e Chapecoense. Os 24 homens percorreram os cerca de dois quilômetros do batalhão, na esquina das avenidas Ipiranga e Praia de Belas, até ao estádio a pé, e tiveram de deixar o equipamento utilizado para contenção de tumultos escorado ao pé da árvore – normalmente, escudos e capacetes ficam guardados nos veículos. “Infelizmente, elas (as viaturas) estavam circulando com documentação vencida, mas, hoje (ontem) as equipes disseram que não iam mais rodar dessa maneira, não podemos obrigar”, afirmou o comandante da Companhia, tenente Admar Rodrigues. O major Rodrigo Mohr, responsável pelo 1º BPM, disse que a companhia conta com cinco viaturas, um micro-ônibus e 16 motos, mas admite que apenas duas motocicletas estão com licenciamento em dia. Além disso, os mais de cem policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOE) da BM, responsável pela segurança dentro do estádio, foram transportados em veículos emprestados pela Academia de Polícia.Conforme a Abamf, na Capital, 19º BPM e 20º BPM não tiveram nenhuma viatura em circulação ontem. O 11º BPM e o 21º BPM tiveram apenas um carro na rua, em cada unidade. No Interior, as cidades de Santana do Livramento e Quaraí ficaram sem veículos. Uruguaiana e Bagé mantiveram uma viatura em operação e Santa Maria, três. Até ontem, a BM não tinha a informação de quantas viaturas estavam com documentação irregular. Em nota, o comandante-geral da BM, coronel Alfeu Freitas Moreira, determinou que toda viatura com problemas não saia para o serviço. “Os policiais militares irão trabalhar utilizando outros meios de transporte”, afirmou o oficial. Ele garantiu também que não serão repelidas manifestações junto aos quartéis. PORTO ALEGRE

ESPERAR PARA VER... (POLITICA +, COLUNA DE CARLOS ROLLSING, PÁGINA 12) Na véspera da paralisação geral no serviço público em protesto pelo atraso de salários, ontem, o Palácio Piratini não tinha um plano emergencial para tentar acalmar os ânimos por meio de debates e negociações. Na semana passada, os contatos da cúpula do governo foram frequentes com os comandos da Polícia Civil e da Brigada Militar, mas hoje a ordem é esperar e ver o tamanho e o clima da manifestação. Diante da gravidade do momento, pode ser uma estratégia tímida. Paralisações das polícias podem gerar caos.

INVESTIGADAS MORTES DE ADOLESCENTES NO INTERIOR (PÁGINA 19) Ao menos dois adolescentes foram mortos neste final de semana no interior do Estado. O primeiro caso ocorreu na madrugada de sábado, em Caxias do Sul, na Serra. De acordo com informações repassadas à Brigada Militar, Moacir Junior de Miranda Guedes, 16 anos, foi baleado por volta da 1h30min, no bairro São Leopoldo. A vítima teria sido atacada por homens que passaram em uma motocicleta. Um dos disparos atingiu a cabeça do adolescente, que morreu no local. O menor tinha registros como adolescente infrator e já havia sido alvo, por duas vezes, de tentativa de homicídio, a última delas em 25 de junho. Outro caso envolvendo um adolescente, em Santa Maria, na Região Central, deverá ser investigado pela Polícia Civil. Na manhã de ontem, por volta das 7h, os bombeiros e a BM encontraram o corpo de Alisson do Nascimento Rocha, 17 anos, no bairro Urlândia. Segundo os PMs, ele apresentava marcas de facadas pelo corpo. Moradores da região suspeitam que o jovem tenha sido agredido em outro local. A família acredita que rixas antigas possam ser a motivação do crime.

AGORA, SÓ O BRASIL-PEL ESTÁ INVICTO (CADERNO ZH ESPORTE, PÁGINA 6) Um grande público esteve presente nas arquibancadas. Mas, em razão de um protesto da Brigada Militar, boa parte ainda tentava entrar no estádio quando saiu o primeiro gol. CAXIAS DO SUL









PROTESTO (CADERNO ZH ESPORTE, PÁGINA 6 COM FOTO) A Brigada Militar realizou um protesto contra o parcelamento dos salários proposto pelo governo do Estado antes do jogo. Nos arredores do Alfredo Jaconi, o policiamento para a partida foi garantido apenas meia hora antes de a bola rolar. Isso atrasou a entrada do público, que só conseguiu ingressar quando o jogo já estava ocorrendo. A partida começou no horário marcado, 19h. CAXIAS DO SUL

ACBF PERDE POR WO NO GAUCHÃO (CADERNO ZH ESPORTE, PÁGINA 13) Sem policiamento no Centro Municipal de Eventos de Carlos Barbosa, a ACBF perdeu por WO para a ADS pela 17ª rodada do Gauchão, no sábado. As duas equipes chegaram a entrar em quadra para o aquecimento, mas a arbitragem não pode autorizar o início da partida sem a presença da Brigada Militar (BM). Jogadores e torcedores esperaram por uma hora até que os árbitros decretaram o WO. A direção do clube disse que entrou em contato com a BM, que teria informado que o efetivo de Carlos Barbosa estava em uma ocorrência e não tinha como atender o evento. Pela segunda fase da Liga Nacional, o time de Carlos Barbosa entra em quadra hoje, contra o Concórdia, em Santa Catarina. O jogo começa às 20h15min. CARLOS BARBOSA


O PIOR DIA DA HISTÓRIA DO RIO GRANDE (COLUNA DE DAVID COIMBRA, PÁGINA 39) Hoje é o pior dia da história do Rio Grande do Sul. Hoje, 3 de agosto de 2015, é um dia tristemente histórico.Líderes de policiais civis e militares avisaram que as ruas das cidades do Rio Grande são perigosas para os cidadãos. O conselho dos responsáveis pela segurança pública é o atestado do fracasso da nossa sociedade: que todos fiquem trancados em casa, que se defendam como puderem, porque o Estado não o fará. Mulheres podem ser estupradas à luz do dia, o comércio pode ser saqueado, assassinatos podem ser cometidos. Não haverá repressão nem vigilância. Vale tudo, nesta terra sem lei. Pobres de nós, gaúchos. Nós, que éramos tão altivos. E o governador, o homem escolhido pelo povo para zelar pelo Estado, o que é feito dele? Sartori, simplesmente, sumiu. Anunciou o parcelamento dos salários dos funcionários, viu que as estruturas do Estado começavam a desmoronar e viajou para o Paraná. Governador! Por favor, governador! Numa hora dessas, o senhor deveria estar negociando com os funcionários, deveria estar conversando com a sociedade, acalmando as pessoas, explicando a situação, tentando, pelo menos, demonstrar alguma preocupação com o que está acontecendo! Um governador de um Estado não é só um administrador; é um líder. Ele tem a legitimidade do voto. Com essa legitimidade, são dele o poder e a obrigação de buscar soluções. E, se não houver solução, pelo menos de fazer com que as pessoas compreendam por que não há. Não se omita, governador! Mas o governador se omite. O governador, ao que parece, não se importa. Enquanto isso, o ex-governador Tarso Genro usa as redes sociais para fazer ironias sobre a fraqueza do seu sucessor e jogar a culpa pelo que está acontecendo... na RBS! A RBS é a culpada, ex-governador Tarso Genro? A RBS? Será que o senhor não tem nenhuma parcela de responsabilidade nisso tudo? O senhor governou o Rio Grande por quatro anos. Será que o Estado que o senhor deixou estava em perfeita ordem, e agora Sartori só tem de fazer o que está fazendo por sadismo? É nisso que o senhor quer que acreditemos, governador? É muita desfaçatez! Se o Estado vinha mal, depois de Tarso piorou. Tarso legou o problema a Sartori, e Sartori não sabe como resolvê-lo. O quanto há de irresponsabilidade e o quanto há de incompetência, isso nós, gaúchos, haveremos de um dia descobrir. Nós, que éramos tão altivos. Pobres de nós. 

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