JORNAL FOLHA DA CLASSE
ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
BRIGADA MILITAR - ESTADO MAIOR
P M - 5
CLIPPING DE QUARTA-FEIRA,
11 DE NOVEMBRO DE 2015
GARANTIAS (INFORME
ESPECIAL, PÁGINA 2) O Protege, Programa Estadual de
Proteção, Auxílio e Assistência a Testemunhas Ameaçadas, completou 15 anos. Para
marcar a data, está sendo organizado um simpósio, amanhã e depois. As
inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local: auditório do MP, na
Aureliano de Figueiredo Pinto, em Porto Alegre. O evento começa às 16h.
GREVE DOS CAMINHONEIROS
(LEITOR, PÁGINA 6) A atual greve dos caminhoneiros expõe
uma escolha errada no passado por transporte rodoviário de cargas, em
detrimento do ferroviário. Nossa malha viária de ferrovias cobria grande parte
do país e necessitava de expansão nos anos 1960, porém, a chegada das fábricas
de veículos determinou os investimentos pesados em rodovias. A produção
industrial cresceu, com a consequente necessidade de levar produtos para outros
mercados internos e externos, mas o sistema rodoviário não acompanhou essa
expansão. Temos, hoje, rodovias projetadas para o tráfego de caminhões com
tonelagem menor do que os modernos caminhões que transportam cada vez mais
peso. Paulo Franquilin, PORTO ALEGRE
TRÊS EMPRESAS SÃO
INTERDITADAS POR EXTRAÇÃO ILEGAL DE PALMITOS (PÁGINA 23) Quatro pessoas foram presas em
flagrante por posse ilegal de arma ontem durante a Operação Ju$$ara, do
Ministério Público, que desvendou um esquema de extração e produção de palmito
da espécie juçara, nativa da Mata Atlântica e em extinção. Três indústrias
receberam dupla interdição: judicial e administrativa. Os detidos estavam em Maquiné, Porto
Alegre e Caraá. As indústrias fechadas são a Brehm Três Forquilhas,
a Conservas Manzan e a Serra Azul. Segundo o promotor Alcindo Bastos, um dos
coordenadores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco), os presos devem responder por crime ambiental, crime contra a saúde
pública, sonegação fiscal, associação criminosa, receptação e posse ilegal de
armas.Ainda não há estimativa da quantidade total de palmito apreendido. Os
produtos serão inutilizados, segundo o Ministério Público. Quatro veículos
foram apreendidos. “Conseguimos fazer uma varredura em todos os aspectos da
lei. Estamos avançando e encontrando cada vez mais fraudes em alimentos”, disse
o subprocurador-geral para Assuntos Institucionais, Fabiano Dallazen. A
operação contou com o apoio da Brigada Militar, da Delegacia do Meio Ambiente
da Polícia Civil, da Receita Estadual, da Secretaria Estadual da Saúde e de
agentes da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). As investigações
apontam que a quadrilha extraía o palmito na Mata Atlântica, em área de
proteção ambiental, e em propriedades privadas invadidas. Os suspeitos cortavam
e cozinhavam o produto em acampamentos improvisados, sob péssimas condições de
higiene.O grupo também atuava no transporte, comercialização e industrialização
da mercadoria. O palmito era envasado nos acampamentos e transportado para
fábricas clandestinas, que recebiam rótulos falsificados. Depois de
industrializados, as conservas eram revendidas no comércio atacadista de Grande
Porto Alegre, Vale do Sinos e Serra, que revendiam ao varejo, onde chegavam
como se fossem da espécie palmeira-real, cuja comercialização é autorizada.São
investigadas as empresas responsáveis pelas marcas Três Forquilhas, JN, Serra
Azul e Conservas Manzan. Também foram apontadas nas apurações as marcas Brehm,
Conservas Abedeno, GKS Conservas e DaTerra Conservas.O Centro Estadual de
Vigilância em Saúde (CEVS) determinou a retirada de todas as marcas de palmito
que foram flagradas na operação. Fiscais acompanharam a ação e apreenderam os
produtos nas indústrias e lojas de atacado que recebiam as conservas ilegais da
espécie juçara. Nenhuma empresa tem autorização para extração desse tipo no Rio
Grande do Sul. “Vamos emitir uma circular para todas as vigilâncias municipais
no sentido de coibir essa prática e realizar um trabalho de mais credibilidade”,
afirmou Paulo Mansan, fiscal sanitário do CEVS. De acordo com Mansan, a
comercialização do produto oriundo dessa extração ilegal oferece graves riscos
à saúde humana. O botulismo é uma das doenças causadas pela ingestão de
alimentos contaminados, na maioria das vezes conservas como o palmito ou
produtos feitos em casa. A intoxicação provoca comprometimento progressivo do
sistema nervoso e paralisia dos músculos respiratórios. Os sintomas mais
frequentes são visão dupla e embaçada, tonturas, prisão de ventre e dificuldade
para urinar. “Temos de coibir essa situação que está expondo a população a
sérios riscos de saúde”, disse Mansan.
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