Ainda sem explicar o caso do pedófilo da Casa Civil, Gleisi ousou cobrar explicações de Anastasia
Longas e enfadonhas, as sessões da Comissão Especial do Impeachment
(CEI) têm apresentado o que todos esperavam: um embate sem fim entre
favoráveis e contrários ao impedimento da ainda presidente Dilma Vana
Rousseff. É fato – e não poderia ser diferente – que ambos os lados
apresentariam alegações de todos os naipes, cada uma respaldando a
respectiva tese, mas a paciência do cidadão já acabou. Enquanto isso, o
Brasil sangra à sombra de uma crise profunda e sem precedentes, que
contempla a briga insana dos petistas pela permanência no poder.
Se por um lado a oposição defende o impedimento alegando o cometimento
de crime de responsabilidade, por outro a base aliada, agora minguada,
afirma que impeachment sem crime é golpe e que Dilma é uma mulher
honrada. Em discussão não está a honra da presidente da República, mas o
desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal e à Constituição Federal.
Política, sabem os parlamentares, é um jogo bruto e nele só entra que
tem força e disposição para a batalha.
Independentemente desse cenário cansativo, em que sobram teorias obtusas
e interpretações de conveniência da legislação vigente, as sessões da
Comissão têm sido pontuadas por desvarios por parte dos integrantes da
tropa de choque palaciana. A musa desse bloco dos absurdos é a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR),
que não sabe mais o que fazer para salvar a pele e o mandato da
“companheira” Dilma.É importante lembrar que a Comissão do Impeachment
não funciona isolada e solitariamente no Senado, cabendo aos senadores a
participação em todas as atividades parlamentares da Casa, como
comissões permanentes, sessões plenárias, despachos no gabinete, entre
outras. Fora isso, senadores são pessoas supostamente comuns e como tal
têm necessidades fisiológicas.
Se há alguém na política nacional que não tem moral para cobrar
explicações, Gleisi Hoffmann é a primeira da fila. Afinal, a senadora
petista ainda não explicou aos brasileiros a sua decisão de indicar um
pedófilo conhecido (Eduardo Gaievski), condenado a mais de cem anos de
prisão, para cargo de confiança na Casa Civil da Presidência.
Ademais, Gleisi, que cada vez mais afunda na lama do Petrolão e foi
acusada por cinco delatores da Operação Lava-Jato de ter recebido
propina do esquema criminoso, ainda não explicou o motivo de dinheiro
desviado do Ministério do Planejamento foi parar na conta de um advogado
curitibano, que por sua vez pagou o salário do motorista da senadora. O
esquema no Planejamento foi descoberto pela Polícia Federal na Operação
Pixuleco II e confirmado pelo ex-vereador petista Alexandre Romano, o
Chambinho.
Envergonhando o Senado e o Paraná com suas declarações estapafúrdias,
Gleisi não aceita a ideia de agir dentro do limite da própria
incompetência. Por isso protagoniza no Parlamento incursões que beiram a
ópera bufa. No dia quem que a senadora descobrir que política é assunto
sério e que o Congresso Nacional não é picadeiro, quem sabe o Brasil
poderá sonhar com dias melhores. Até lá, a receita é tomar medicamentos
contra náuseas e ouvir o besteirol da senadora.
A persistência míope e burra de Gleisi, a Joanna D’Arc das Araucárias, é
tamanha, que seu comportamento já lhe rendeu o apelido de “Magda do
Impeachment”, em alusão ao folclórico e popular personagem interpretado
pela atriz Marisa Orth no humorístico “Sai de Baixo”.
Na terça-feira (3), como estivesse fazendo um patrulhamento dos
integrantes da direção da CEI, Gleisi, ao final dos trabalhos, criticou o
relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), que se ausentou do plenário por
alguns instantes no momento em que os convidados encerravam os
depoimentos. A senadora paranaense, como se fosse um vigilante do campo
de Treblinka, disse que nesta quarta-feira (4) cobraria explicações de
Anastasia.
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