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Investir em uma boa refeição traz mais saúde e ainda economiza dinheiro
 | Ana Paula Henkel
, Atleta Olímpica |
Olá, semana agitada? A minha também.
Tudo bem com você?
Estava conversando com um amigo, que é preparador físico, e
falávamos que os segredos de uma vida com qualidade e bem-estar não são
mirabolantes e muito menos se escondem em arcas de tesouro.
A
espinha dorsal da boa saúde, por exemplo, é uma alimentação saudável e
balanceada. Todos sabemos disso, mas engana-se quem pensa que isso é
sinônimo de receitas complicadas e pratos gourmets.
Muito, muito, muito pelo contrário.
É
claro que, aqueles dotados de talentos culinários, irão sim se revelar
excelentes chefs. Mas, no nosso corrido dia a dia e na missão de
equilibrar todas as tarefas com apenas duas mãos, a simplicidade na
cozinha vem para facilitar.
Porém, muita atenção aqui. A simplicidade que estou pregando é
aquela que se resume em menos aberturas de embalagens e mais ingestão de
alimentos naturais.
Do que vale comer lasanha congelada, que
fica pronta em até 12 minutos apenas, riquíssima em condimentos nada
agradáveis para a sua natureza?
Vale muito mais “gastar” uns minutos com a barriga na pia e ganhar em saúde do que ganhar gordurinhas na barriga.
Por isso, eu sou adepta da marmita. Sou marmiteira. Pronto, assumi. Hahaha.
Muita
gente que eu conheço torce o nariz para essa palavra, mas ela é uma
forma supereficiente de me manter na dieta, fazer com que eu saiba a
procedência dos alimentos que consumo (afinal, tenho meu lado
cozinheira) e me ajuda, também, a economizar.
Convenhamos, não há orçamento que resista a refeições fora de casa todo santo dia.
Hoje, então, em comemoração ao 1 de maio que acaba de passar, é dia de levar saúde na marmita para o trabalho.
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Toque 1: Armazenando a produção
Eu sei, leitor, eu sei. Sei
que, antes mesmo de organizar sua produção de refeições saudáveis e
saborosas, você está preocupadíssimo com como vai levar tudo isso para o
trabalho, por exemplo. O primeiro passo é investir em
recipientes que vão conservar a marmita. E quando eu falo em conservar,
não estou me referindo apenas a deixar seu feijão por cima do arroz.
Tô falando de um recipiente que não comprometa a qualidade
nutricional dos alimentos. E para isso, você precisa de, pelo menos, um
reservatório que feche bem bem bem bem bem e uma boa sacola térmica. (Eu
moro nos Estados Unidos, mas tenho umas mosquinhas brasileiras que me
contaram que existem sacolas térmicas lindíssimas aí no Brasil.) Eu,
pessoalmente, prefiro as vasilhas de vidro. Elas podem ser um pouco
mais pesadas, mas conservam melhor as propriedades nutricionais da minha
refeição, além de serem ecologicamente mais corretas. Sabia que o vidro
é 100% reciclável infinitamente? Precisamos colaborar com a saúde do
planeta também.
E outra, uma porção de estudos sugere que uma substância presente em
muitos plásticos, chamada de Bisfenol A, é prejudicial para a saúde
humana. Os estudiosos afirmam que, ao entrar em contato com o
organismo humano, principalmente durante a vida dentro do útero materno,
o Bisfenol influência na produção de hormônios. Alguns dos
prováveis problemas relacionados à substância seriam infertilidade,
endometriose, modificações do desenvolvimento de órgãos sexuais internos
e câncer. De acordo com as leituras que andei fazendo, essa relação ainda não é 100% provada. No Brasil, entretanto, desde 2012, a
ANVISA ( Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proíbe a venda de mamadeiras e outros utensílios para lactentes que contenham Bisfenol-A.
Portanto, eu, Ana Paula, fico atenta e adotei o vidro como meu
parceiro nas marmitas. Até porque investir nisso permitiu que eu também
pudesse aumentar a variedade de comida carregada. Eu percebi que a qualidade dos alimentos está diretamente ligada ao container e onde eu carrego minha comidinha.
Toque 2: Alimentos indispensáveis
Bom,
usando as vasilhas de vidro, eu fico tranquila em levar meu peixe, meus
brócolis e estes alimentos que são mais suscetíveis ao transporte. Os
peixes, principalmente os com escamas, como merluza, salmão e tilápia,
são excelentes opções de carne. Eles fazem parte da chamada
Dieta Mediterrânea, conhecida como aquela mais saudável para os humanos. Já
o brócolis são uma bela fonte de ácido fólico, e já existem estudos que
apontam que a deficiência desta substância está associada à depressão e
a outros transtornos de humor.
Outros alimentos que não dispenso são o arroz integral e as castanhas. Lembra que eu já te contei os benefícios das gorduras boas (sim, queridíssimo, elas existem)? Minha cereja do bolo, quando o papo é a marmita, obviamente, não são cerejas (rsrs), é a pimenta.
Eu sempre adiciono um pouco de pimenta, que, além de ajudar a
conservar o alimento, dá aquele “plus” na acelerada no metabolismo. (Já falei sobre metabolismo também e ainda ensinei uma receita de suco. Veja de novo.) As saladas podem ser armazenadas em camadas, em um pote de palmito.
Imagine aí: coloque uma boa dose de azeite, depois coloque legumes
mais secos, como tomates e palmitos. Em seguida, coloque as folhas e,
depois, grãos e queijos. Na salada, eu sempre gosto de
acrescentar a quinoa. Lembrando sempre do meu querido ômega 3
(fundamental para ajudar o cérebro a ter um bom desempenho ao longo do
dia), coloco também as castanhas e nozes. Geralmente, as marmitas são consumidas na hora do almoço, não é? Mas você não pode esquecer dos lanches intermediários, pois eles são importantíssimos. Acontece que, se você fraciona a quantidade de calorias diárias ingeridas, elas serão gastas mais rapidamente.
Uma fruta, um shake menos calórico ou uma fatia de pão integral são
opções que não comprometem a refeição principal do dia e podem ser
carregados para dar uma forcinha no expediente. Se você precisar de energia, eu sugiro o abacate. Em momentos olímpicos, eu recorria a ele por conta dos carboidratos complexos.
Então, não se esqueça de levar os snacks também. Assim, você tem em
mãos o alimento certo para quando der a fome e uma marmita que só te
favorece.
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Toque 3: Organizando a produção
Como eu disse lá no comecinho do papo, vai ser preciso dedicar um tempinho para preparar a marmita. Todos
os domingos, eu dedico 2 horas para preparar 5 refeições da semana.
Assim, eu não caio na tentação de comer sanduíches por aí. O
arroz integral é a minha base e o meu coringa, pois não há problema para
congelá-lo. Com ele, posso variar meus acompanhamentos.
Também não deixo o brasileiríssimo feijão de lado. Faz parte da base
e diminui o índice glicêmico do arroz, fazendo com que o comportamento
compulsivo com relação à comida seja evitado. Para os
acompanhamentos do feijão com arroz, eu uso aqueles saquinhos que abrem e
fecham rapidamente, sabe? Eu cozinho couve-flor, tomate, pimentão,
brócolis e espinafre e zip zap. Os peixes são presenças
garantidas nas marmitas de todo dia. Eu evito levar frango, pois não
acho que eles ficam saborosos depois de congelados. Já as carnes
vermelhas, também não gosto muito de levar. Uma outra coisa que
faço é adicionar queijos como opção de fonte de proteína, que também
pode substituir as carnes, para quem opta por não consumi-las. O queijo
branco e tofu são os meus preferidos.
Ah. Já estava esquecendo. Uma vez por semana, faço um bom omelete. Já leu a verdade sobre ovo que o Dr. Carlos Schilischka contou na Jolivi? Leia assim que possível e coloque esta preparação na sua marmita. Que tal me mostrar sua marmita? Mande para
contato@jolivi.com.br. Vou adorar ter mais ideias com vocês e acho até que a Jolivi vai acabar usando essas fotos para outras coisas, hein? Hahaha. Bom apetite, leitor. Te aguardo semana que vem.
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Nossos leitores |
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"Vocês são como estrelas. Quando a gente descobre, ficamos impressionados."
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- Antonio F.
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"Os assuntos aqui tratados são muito úteis, fáceis de entender e de praticar. Obrigado pelas matérias até aqui repassadas."
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- Sergio F.
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"Leio
todas as matérias publicadas pela Jolivi, e a cada dia tenho aprendido
muito. Graças à Deus que existem pessoas como vocês que nos ajudam a
descobrir a verdade sobre alimentação e vida saudável."
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- Lucia M.
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