sábado, 14 de maio de 2016

O que a tal da neuroplasticidade pode fazer por você

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O que a tal da neuroplasticidade pode fazer por você

Daniel Cunha , Editor

Olá, leitor da Jolivi, como vai?

Semana passada me apresentei para você e mostrei como uma doença foi uma oportunidade na minha vida.

Estou retornando hoje para falar sobre algo que tem revolucionado o universo das neurociências e tem o potencial para fazer o mesmo com a sua vida.

Vem comigo?

Há apenas duas décadas, os cientistas acreditavam que, assim que atingíssemos a fase adulta, nossos cérebros estariam prontos.

Por muito tempo, este foi um dogma quase universalmente aceito no campo das neurociências: uma vez formado e estruturado, o cérebro adulto não fabricava mais neurônios e só mudava devido ao declínio da idade.

Não que fôssemos incapazes de aprender algo novo, mas, segundo essa visão, a fase de desenvolvimento do cérebro estaria finalizada.

A partir dali, ele serviria basicamente para manter nosso coração batendo e ocasionalmente nos lembrarmos de onde deixamos as chaves.

Mas, graças a enormes avanços na área do diagnóstico por imagens e ressonâncias magnéticas funcionais, entendemos melhor como nosso cérebro funciona e começamos a encontrar coisas muito interessantes.

Uma das maiores descobertas recentes é o fato de o cérebro evoluir de maneira contínua e apresentar uma flexibilidade extraordinária.

Sim, estou falando da neuroplasticidade.

Você pode pensar no plástico como algo duro e de baixa qualidade, mas a plasticidade biológica refere-se à capacidade dos seres vivos de se moldarem a novas condições. E os nossos cérebros são muito bons nisso.

Um dos grandes desafios dos neurocientistas agora tem sido mapear os circuitos cerebrais para que se possa, no futuro, realizar intervenções com precisão cirúrgica e encontrar caminhos para melhorar o cérebro humano.

Conversei com o Dr. Leonardo Aguiar, o consultor da Jolivi, e ele tem convicção de que explorar a neuroplasticidade do cérebro é trilhar um caminho promissor para proteger contra doenças graves, entre elas Alzheimer e demência.
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A Cura do Cérebro


Bom, você pode se perguntar, o que já podemos fazer?

Muita coisa.

Olha só essa história:

Formada em Educação e pós-graduada em Psicopedagogia, Adriana Foz tinha 32 anos e levava uma vida de sonho quando passou por um grande susto.

Ela havia fundado uma clínica que reunia diversas especialidades (fonoaudiologia, psicologia, terapia familiar e outras) e estava sempre lotada. Casada com um empresário do ramo náutico, levava uma vida social intensa, repleta de festas, competições esportivas e viagens.

No ano 2000, durante uma dessas viagen para a Bahia, Adriana começou a se sentir mal. Voltou a São Paulo e a sensação foi se agravando durante a semana.

Em uma terça-feira do mês de fevereiro, ela foi levada às pressas para o hospital e teve a constatação: estava tendo um derrame hemorrágico. Um AVC ( Acidente Vascular Cerebral).

As estatísticas ajudam a esclarecer o cenário e compreender a gravidade da situação. Segundo a Organização Mundial de Saúde, apenas 15% das pessoas sobrevivem aos derrames hemorrágicos.

Contrariando as estatísticas, Adriana teve uma recuperação fantástica e atribui isso exatamente a essa capacidade adaptativa do cérebro de que estamos falando até agora.

Mas é verdade que não foi de uma hora para a outra que ela descobriu como usar a neuroplasticidade a seu favor.

“Depois do AVC, eu não sabia mais ler, escrever, mal conseguia falar, não lembrava das coisas. Meu lema era: um dia de cada vez”, conta Adriana.

A recuperação total levou cerca de 5 anos, e ela conta a história com detalhes em seu livro “A Cura do Cérebro”.

Depois disso, Adriana se especializou em neuropsicologia e hoje é coordenadora gestora do Cuca Legal, projeto vinculado ao Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo que utiliza as potencialidades trazidas com a utilização em potencial do cérebro.


Arborização cerebral


Um exemplo prático de como a plasticidade neurológica funcionou na recuperação de Adriana é o que ela chamou de “caminhadas ecológicas”.

A partir do momento em que ganhou confiança para voltar a andar, ela pediu ao seu enfermeiro que a levasse para caminhar em uma praça arborizada, perto de casa.

Além de poder treinar a coordenação dos movimentos e a capacidade física, ela achou um jeito de treinar a memória utilizando os nomes das árvores.

“Eu intuitivamente tinha essa percepção de que havia quebrado uns atalhos dentro do cérebro. Então eu sabia que as informações das palavras estavam arquivadas em algum lugar, mas precisava dessa ponte para resgatar isso”, diz.

A solução encontrada por ela foi dar um livro de botânica ao seu acompanhante e pedir que ele fosse falando o nome científico de cada árvore que encontrava.

Caesalpinia peltrofoides, plumbago, tabebuia velloso... Funcionou!

Aos poucos, ela foi se lembrando dos nomes daquelas árvores: sibipiruna, bela-
emília, ipê amarelo. “Foi uma das sensações mais incríveis que eu tive”. Adriana explicou que, à medida em que tentamos reaprender as atividades de um jeito novo e significativo, construímos novos caminhos neurológicos que nos conectam àquelas informações.

Segundo ela, o processo também pode ser chamado de "arborização cerebral".


Na prática


Mas não se engane ao pensar que o conceito de neuroplasticidade só pode ser aplicado a alguém que sofreu algum tipo de lesão, como no caso da Adriana.

Muito pelo contrário.

A aprendizagem também é uma forte característica dessa extraordinária capacidade dos nossos cérebros. E isso significa que seus hábitos de vida influenciam fortemente a sua capacidade de desenvolver novas conexões.

É por reconhecer a importância destes conhecimentos que o nosso consultor aqui na Jolivi, Leonardo Aguiar, preparou 4 dicas que vão te ajudar a adotar hábitos e práticas para estimular a plasticidade do seu cérebro.

Vamos lá. É com você, Dr. Léo.






Leonardo Aguiar , Médico e consultor Jolivi - CRM-SC: 9847
  
Olá, leitor, tudo bem?
 
Vamos às dicas.


1) Se envolva em atividades que estimulem os dois hemisférios do seu cérebro

 

Aproveite todas as oportunidades que tiver de fazer algo novo e que pareça desafiador, especialmente atividades que te forcem a usar ambos os hemisférios do cérebro.

O hemisfério direito atua de forma mais holística e é responsável por reconhecer padrões e interpretar emoções e expressões não verbais. Já o lado esquerdo controla os processos de pensamento lógico e analítico, como a prática de ler sequencialmente da esquerda para a direita.

Aprender a tocar um novo instrumento musical, uma língua estrangeira ou uma linguagem de programação digital, por exemplo, expande o tamanho das áreas envolvidas no cérebro.

Outra dica é experimentar escovar os dentes ou utilizar o garfo com a mão que você não costuma usar.

Estimular a lateralidade cruzada fortalece o corpo caloso que aumenta as trocas químicas entre os dois hemisférios.

- A meditação do Dr. Léo.

O que eu me acostumei a fazer e tem me gerado ótimos resultados é o que eu tenho chamado de “Meditação cruzada”. É super rápida e simples de fazer. Coloque fones de ouvido para não ser interrompido por barulhos externos e deixe seu celular no modo avião.

Comece o exercício respirando profundamente, com os braços posicionados em cima das coxas.

Quando inspirar, levante o dedo indicador da mão esquerda. Ao expirar, abaixe e levante o dedo da mão direita. Faça isso ininterruptamente, de 3 a 5 minutos.

A meditação é um grande aliviador do estresse e tem muitos efeitos benéficos na estrutura cerebral. Feita desta forma, estimula todas as capacidades cerebrais.


2) Alimente seu cérebro


Se você deseja pensar mais rápido, ser mais criativo e viver sua vida plenamente, você vai querer começar a alimentar seu cérebro com a melhor nutrição disponível.

Enquanto o cérebro pesa em média apenas 2% do nosso peso corporal, este órgão sozinho pode consumir até 20% dos nutrientes que colocamos dentro de nossos corpos.

Os estudos mostram que os seguintes alimentos tem o potencial de extrair o melhor dos nossos cérebros:

- Nozes, amêndoas e gorduras monossaturadas em geral ( falamos sobre elas aqui). Elas ajudam a retardar o envelhecimento do cérebro, além de melhorar a saúde vascular e circulação.

- Vegetais de folhas verdes escuras (como couve, rúcula e espinafre) e vegetais crucíferos (como brócolis, couve-flor e repolho) ajudam a diminuir a taxa de declínio cognitivo.

- Os flavonóides contidos no chocolate amargo (pelo menos 70% cacau) melhoram a circulação e ajudam a oxigenar o cérebro. Como nem todos gostam do sabor, minha sugestão é comer ele derretido com frutas secas.

Dá pra fazer assim: derreta o chocolate e deixe-o dentro de um copo. Aí você pega as frutas secas com as mãos e mergulha elas no chocolate. (Depois me conte o que achou).

- Alimentos ricos em Ômega 3, como salmão, sardinhas, lentilhas e semente de linhaça, são grandes amigos cerebrais.

- Mantenha-se sempre hidratado. Compre uma garrafinha de água e vá enchendo ao longo do dia. A desidratação pode prejudicar a função cognitiva.


3) Movimente-se


Não é só a nossa condição física que melhora com a prática de exercícios moderados. Nossos cérebros se beneficiam também.

Os exercícios reduzem o estresse, melhoram a circulação e o fluxo sanguíneo, o que traz ganhos na oxigenação do cérebro.

Com uma caminhada de apenas 30 minutos, você já pode melhorar o fluxo de sangue e oxigênio para o cérebro, estimulando a neuroplasticidade.

Lembre-se de prestar atenção às cenas durante sua caminhada e observar os detalhes e as mudanças no bairro.

Andar a pé ou de bicicleta e até mesmo fazer musculação enquanto assiste um programa de notícias na televisão ou escuta um podcast pode servir como um poderoso estimulante para sua função cerebral.


4) Explore as possibilidades do seu ambiente


Ao invés de sempre se mover apenas do ponto A ao ponto B investigue o entorno.
Se você gosta de caminhar ou andar de bicicleta para se exercitar, escolha novos trajetos para os seus passeios.

No trabalho, convide alguém com quem você não costuma ter muito contato para tomar um café ou conversar durante o almoço. Saia da rotina.

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