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Um novo editor, a velha esclerose e uma outra alternativa de tratamento
 | Fernanda Aranda
, Editora-Chefe |
“Acordei uma segunda-feira com o lado direito do rosto dormente e sem sensibilidade.
No
decorrer da semana, outros sintomas foram surgindo. Falta de
equilíbrio, tontura, visão dupla, confusão mental, fraqueza nos membros
do lado direito.
No final da semana, eu estava irreconhecível e não conseguia pegar um copo de água sozinho”Olá, leitor, tudo bem? O que você sentiu ao ler este trecho acima? Como você acha que está, hoje, a pessoa que passou por esta experiência? Ficou curioso? Então,
continue por aqui, porque esta é apenas uma parte, bem pequenina, da
história do Daniel Cunha, jornalista, meu colega de faculdade e que
acaba de ingressar para o time de editores da Jolivi.
Para este primeiro encontro com você, sugeri ao Daniel que
escrevesse sobre a sua trajetória até chegar na área editorial de saúde. Passo
a caneta agora ao meu amigo que, de cara, foi uma das primeiras pessoas
a me mostrar que as velhas doenças sempre podem ser vistas como novas
oportunidades. Foi isso que ele fez com a esclerose múltipla. Seja bem-vindo. É com você Daniel. 
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Daniel Cunha, Editor |
Por muito tempo, a saúde foi uma área totalmente negligenciada na minha vida.
Passei a adolescência e a juventude me alimentando muito mal.
Não
tinha qualquer critério, pulava refeições com frequência e, como aquilo
parecia não estar trazendo maiores problemas, pensava que tudo corria
bem.
Também cresci um adolescente muito ansioso, desperdicei muito tempo e
energia tentando criar uma imagem de mim para as pessoas com quem
convivia, mentia muito para tentar esconder minhas inadequações e tinha
muitas dificuldades para enxergar meus problemas do tamanho que eles
realmente eram.
Para piorar, bebia com regularidade “universitária” e, cada vez mais, me alienava das minhas próprias necessidades.
A saúde realmente não era uma prioridade.
Há
cerca de oito anos, quando eu e a minha esposa começamos a namorar, ela
produzia sozinha uma revista sobre saúde, e eu me lembro bem de
questioná-la repetidamente, com enorme arrogância, sobre as razões de
ela estar fazendo aquele trabalho.
“Pra que escrever sobre isso, quem quer saber dessas coisas?”, eu perguntava.
Éramos
jovens, vivíamos entre jovens e até aquele momento eu não conhecia
quase ninguém que tivesse tido um problema maior do que uma gripe forte
ou ossos quebrados.
Mal sabia eu o que me aguardava ali na frente.
Cabeça para baixo
Com
24 anos, após uma semana de muito estresse, problemas no trabalho,
brigas com a namorada e discussões com amigos, minha vida virou de
cabeça pra baixo.
Acordei uma segunda-feira com o lado direito do rosto dormente e sem sensibilidade.
No
decorrer da semana, outros sintomas foram surgindo. Falta de
equilíbrio, tontura, visão dupla, confusão mental, fraqueza nos membros
do lado direito.
No final da semana, eu estava irreconhecível e não conseguia pegar um copo de água sozinho.
Após 2 meses de internações e exames, veio o diagnóstico: eu tinha
esclerose múltipla, doença autoimune em que o sistema imunológico ataca o
próprio cérebro e a medula espinhal.
Uma doença degenerativa, sem cura e que poderia me jogar em uma cadeira de rodas em menos de uma década.
Como
se não bastasse o prognóstico nada animador, o tratamento oferecido
pelos médicos com quem passei inicialmente vinha para fechar o pacote
das más notícias com chave de ouro.
Uma vez por semana eu deveria
tomar injeções de interferons (proteínas de defesa produzidas pelo
próprio corpo) que serviriam para controlar os sintomas da doença – e
que tem resultados clínicos comprovados muito questionáveis.
O ruim mesmo eram os efeitos colaterais. A cada aplicação, eu tinha
uma febre forte e ficava prostrado pelos 2 dias seguintes. Todas as
semanas, dois dias a menos. Parei de trabalhar e entrei em depressão.
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Reviravolta
Meses
depois, minha mãe viu a entrevista de um médico na internet e marcou
uma consulta para mim. Se você acompanha a Jolivi há algum tempo, já
deve conhecê-lo. Em sua clínica, o doutor Cícero Coimbra, neurologista da Unifesp (
Universidade Federal de São Paulo),
me apresentou uma nova opção de tratamento, que utilizava como base
altas doses de vitamina D e dispensava o uso das injeções que tanto me
faziam sofrer. ( Veja a
entrevista exclusiva em que Dr. Cícero apresenta uma saída para o Zika vírus). Era maio de 2010 quando comecei a me submeter ao protocolo desenvolvido por Coimbra. O tratamento para doenças autoimunes consiste na
administração de doses individualizadas de vitamina D com o objetivo de potencializar o sistema imunológico dos pacientes.
Apesar dos excelentes resultados, a terapia ainda sofre com a
marginalização dentro da comunidade médica. Não é apoiada pelas
principais associações, geralmente com o argumento de que faltam estudos
clínicos mais conclusivos que sustentem a recomendação. Normal
para algo que surgiu há pouco mais de 10 anos e não conta com o
apadrinhamento das indústrias farmacêuticas. Como a vitamina D não é
patenteável, não há interesse por parte dessas empresas em investir
nesse tipo de pesquisa. (
A Jolivi tentou mudar esse cenário com o documentário Revisa Anvisa, já viu?).
Para além de qualquer polêmica, no meu caso este novo caminho tem funcionado muito bem. Passados
6 anos, não apresentei qualquer outro sintoma. Hoje, com 30 anos, me
sinto bem melhor do que antes de receber o diagnóstico. Também
conheci muitas outras histórias de sucesso e me tornei um divulgador dos
benefícios da vitamina D. Produzi vídeos e textos sobre o assunto e
certamente você ainda vai me ouvir falar muito sobre isso aqui na
Jolivi.
Legado mais importante
Mas o maior aprendizado nessa história toda é a noção da minha responsabilidade sobre a minha própria saúde. O primeiro “clique” veio depois de assistir ao filme Food Matters (disponível no
Netflix). Em uma tradução livre, seria algo como “O alimento é importante”. E que revolução! Até
então, a função do alimento para mim era única e exclusivamente matar a
fome. Comia qualquer coisa, a qualquer momento, e me orgulhava por “não
ter frescuras para comer”. Foi a partir dali que comecei a
perceber que minha condição de saúde poderia estar relacionada com o que
eu estava colocando para dentro do organismo. E com certeza estava.
Me consultei com uma nutricionista pela primeira vez e iniciei
diversas mudanças importantes na dieta. Uma bem simples e que fez uma
enorme diferença foi a de parar de pular o café da manhã, algo que vinha
fazendo por muito tempo. ( Por sinal, uma das
dicas de ouro da consultora da Jolivi, a Ana Paula. Chegou a ver?).
Recomendações tamanho único
A
minha nutricionista, por exemplo, alertou sobre os diversos estudos que
associam o consumo de glúten ao desenvolvimento de doenças autoimunes e
eu troquei o pão pela tapioca para compor minhas refeições matinais. Como
substituto para os carboidratos, ela também me recomendou mandioca ou
batata doce cozidas, servidas com azeite e uma pitada de sal marinho.
Os ovos também viraram meus companheiros em boa parte das manhãs. É
um alimento completo, rico em proteínas, vitaminas e nutrientes variados
e pode ser preparado de várias maneiras diferentes, como bem falou o Dr. Carlos Schlischka. Geralmente, eu faço eles mexidos, cozidos, na crepioca (ovos com tapioca) ou na panqueca de banana, com canela e mel.
Outra sugestão que eu incorporei mais recentemente foi o abacate,
especialmente depois de ler sobre a importância do consumo de gorduras
boas no livro “A dieta da mente”, de David Perlmutter e Kristin Loberg. Abandonei o fast food,
deixei embutidos, congelados e a maior parte dos industrializados de
lado e passei a basear minha alimentação em grãos, sementes, vegetais e
frutas.
São tantas....
Passei
também a dar mais atenção às minhas emoções e a perceber como meu vício
em pensamentos negativos criava um ambiente tóxico dentro de mim. Sempre
ansioso e cultivando uma mente competitiva, era difícil descansar mesmo
quando estava com o corpo parado, sem fazer nada. A mente seguia a mil. (
Que bela identificação com o Dr. Leonardo Aguiar que,
aqui neste Café com Saúde, confessou ser da turma dos ansiosos).
Começar a me familiarizar com a maneira como funciona a mente,
especialmente por meio de práticas contemplativas como a meditação, foi e
tem sido essencial em minha busca para aprender a gerenciar o estresse,
considerado o principal gatilho das doenças autoimunes (e relacionado a
muitas outras). Alterações como essas somadas ao boost
do sistema imunológico fornecido pela vitamina D (seja por meio de
suplementos ou pela exposição solar) possibilitaram uma profunda
transformação na minha saúde e bem-estar.
E agora, com vocês!
É exatamente isso que me motiva a difundir a importância e o poder que a mudança de hábitos pode trazer à vida das pessoas.
O
diagnóstico de uma doença crônica foi minha oportunidade para rever
hábitos e passar a me enxergar como o maior responsável pela minha
própria saúde.
Eu faço votos para que você não precise passar por uma experiência como essa para dar mais atenção à sua.
Te convido a seguir acompanhando as novidades da Jolivi e me
comprometo a oferecer cada vez mais recursos para que você possa colocar
em prática tudo aquilo que pode te ajudar a promover sua saúde e
bem-estar.
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Um abraço, 
Nossos leitores |
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"Fico
sempre na expectativa de novos temas e quando entra a Jolivi em ação na
minha caixa de emails pessoal, esta pressa em abrir é a única que não é
inimiga da perfeição - como diz o ditado. Abraços e obrigado."
|
- Sergio G.
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"Os assuntos aqui tratados são muito uteis, fáceis de entender e de praticar. Obrigado pelas matérias até aqui repassadas."
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- Sergio F.
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"A
maioria dos diabéticos não fazem atividades físicas, mas é muito
importante saberem quais alimentos devem ingerir. E controlar a
quantidade de alimento, é fundamental. Aprendi muito aqui."
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- Zelair G.
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