quinta-feira, 5 de maio de 2016

Dito e fito - Colunista Mário Mercio

lcbergenthal@yahoo.com.br




A MÃEZONA e seu símbolo frutífero.
Diz a lenda que os anjos são capazes de ver coisas que nós humanos não enxergamos. Por óbvio!
O Dia das Mães é um desses momentos que precisamos enxergar com os olhos dos anjos.
Quando Deus criou o mundo e nós, obviamente, ele sentou-se para descansar debaixo de uma jabuticabeira. E foram ali que desfrutou á miúde os sabores da criação. (não lembro onde li essa comparação)
Já tinha saboreado 13 Jabuticabas, um número histórico, quando percebeu o equilíbrio entre o doce e o azedo, entre o tamanho da fruta e o das sementes, verificou a casca dura e preta que contrastava com os tons claros e avermelhados e a suavidade da fruta. Notou com certo espanto e curiosidade que os frutos não davam após o florir, mas sim pendurados nos galhos da árvore, amontoados, acolherados uns os outros.
Como a vida: elas estavam juntas, irmanadas, nos galhos, nos troncos, não nas pontas. Possuíam mais segurança dessa forma, como famílias unidas.
E foi neste momento que decidiu que essa fruta seria a vida e o modus vivendi de sua criação.
Por isso o Dia das Mães é um dia sempre de surpresas, de momentos mágicos, assim como foi àquela jabuticabeira para Deus.
Ali estava o símbolo da família, uma fruta precisa da outra para continuar bonita e saudável. E a mãe era o pé que abrigava todas as frutas. Elas só seriam doces, boas se sempre permanecessem juntas e bem cuidadas.
Filhos precisam de suas mães. Mães precisam de seus filhos. Cada um tem sua parte na árvore da vida. Só podem ser bons se estiverem juntos. Diálogo compreensão, amor, amizade, carinho, colaboração, são coisas que precisam parceiros. Um fruto cai, mas não germina longe e nasce dessa fonte de vida outra vida cheia de frutos que povoará a Terra e assim se fez a humanidade.
A jabuticabeira está lá, firme, como sempre, quando não pode mais dar frutos, dá sombra, paz e abriga as mudas, para que sejam fortes e serenas como ela. Viram avós. Avó é uma promoção, um prêmio.
Vamos degustar a vida do jeito que Deus fez, com o charme e o sabor da jabuticaba.
Mães que estão LENDO: FELIZ DIA DAS MÃES! Acolherem-se a suas crias, elas precisam!
Filhos que estão LENDO: Acolherem-se a suas mães, elas são tudo de bom....E ÚNICAS!




MÃE É MÃE

Todas as mães zelosas diriam uníssono:  “Em Brasília não há inocentes”, parodiando Nelson Rodrigues.

Cada parlamentar tem uma mãe que darão seus votos ao impeachment igualzinho ao do filho, seu herói. E vai ficar furiosa contra os outros..

Não sem razão, até porque todos os cúmplices, principalmente os de Brasília se consideram inocentes.

 Eles possuem de si próprio, aquela indulgente opinião; que só se encontra nas mais extremosas mães ao defenderem seus queridos filhinhos.

 Estas crédulas senhoras acreditam que seus rebentos são sempre um querubim, um ser angelical, ainda que eles se chamem Dirceu, Jefferson, Lúcifer ou mesmo Hitler.

Por falar no Fuhrer, se ele tivesse se submetido à CPI dos vencidos em Nuremberg, sua mãe Klara, teria se transformado na sua mais candente testemunha de defesa.

Agripina, mãe de Nero sabia muito bem o filho que tinha e mesmo vítima de matricídio (matar a mãe), não deixaria de defender seu monstrinho. Ela diria candidamente na CPI que Nero só queria ver Roma iluminada e não incendiada.

Já D. Viridiana Escobar, mãe do facínora Pablo Escobar diria na sua sepultura em Medellín: “ Pablito era muito carinhoso, caridoso e altruísta, sem vícios”.

As mães são assim, enxergam virtudes em qualquer gesto, ainda que desastrado.

Quando um piá começa a rabiscar como louco, estragando papéis elas logo soltam: “Vai dar escritor este guri e dos grandes”.
 Se ele cura um bichinho ou faz um curativo na irmãzinha ela logo vaticina: “Vai ser veterinário ou médico”.  E já na medida em que a criança vai crescendo também vão surgindo novas e surpreendentes aptidões.

Se até mãe de urubu enxerga virtude no filho, imagina mãe de deputado?
“Meu filho é um estadista, um abnegado, um Gandhi”!
Se o chamam de ladrão com provas ela logo solta: “Ele é um Robin Wood, tem coração de ouro, tira dos ricos para distribuir aos pobres”, é igual a Dilma, mãezona.
A mãe do João Alves, aquele deputado que ficou rico acertando na loteria todas as semanas, jura até hoje que ele era uma pessoa iluminada e de muita sorte e que até já deu um palpitezinho para ela ganhar só na mega-sena.

Na foto a mãe do Sr.Lula quando com sete anos veio de PE para  Guarujá-SP, desde aquela época ele alimentava o desejo candente de ali morar. Se sua mãe fosse viva estaria muito feliz.

E neste dia, VIVA AS MÃES, sem elas o que seríamos?



 

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