sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Clipping da Brigada Militar do RS







                                              ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
 BRIGADA MILITAR - ESTADO MAIOR
P M - 5

          CLIPPING DE QUINTA-FEIRA,

10 DE DEZEMBRO DE 2015

  


JUSTIÇA MILITAR AUMENTA PENA DE DOIS BOMBEIROS (PÁGINA 23) O Tribunal da Justiça Militar, com sede em Porto Alegre, apreciou ontem os recursos em relação ao julgamento, em primeira instância, de três bombeiros que atuavam em Santa Maria na época do incêndio da boate Kiss. Ocorrido em 27 de janeiro de 2013, esse acidente foi o mais grave da história gaúcha e deixou 242 mortos. Dois oficiais que já tinham sido condenados, o tenente-coronel da reserva Moisés Fuchs e o capitão Alex da Rocha Camillo, tiveram a pena agravada. Fuchs, anteriormente sentenciado a um ano de prisão, recebeu agora pena de quatro anos e cinco meses de prisão. Camillo passou de um ano para dois anos de reclusão. Já um terceiro réu, tenente-coronel da reserva Daniel da Silva Adriano – que havia sido absolvido – foi condenado agora, nesse segundo julgamento, a dois anos e seis meses de reclusão. Pelo fato das penas serem superiores a dois anos, os condenados podem perder a função profissional. Cabe recurso contra as condenações. O julgamento foi difícil: estava empatado em quatro a quatro e foi preciso o voto de minerva do presidente do tribunal, Sérgio Berni de Brum (a favor da condenação), para definir o veredito. Os recursos apreciados eram referentes a um julgamento que ocorreu em junho deste ano. Na época, os três militares – Fuchs, Camillo e Adriano – foram julgados em primeira instância, pela Justiça Militar. Conforme a acusação, Fuchs autorizou o alvará de funcionamento da boate (mediante declaração que não corresponde à verdade) e não aplicou as sanções que deveria a um sargento, subordinado seu, que era gerente da empresa Hidramix e fez obras dentro da Kiss (algo proibido para bombeiros). A inserção de declaração falsa no documento da casa noturna (a permissão para que funcionasse) também é atribuída a Adriano, que assinou o primeiro alvará dos bombeiros para a boate, e a Camillo, responsável pelo segundo alvará. Conforme a acusação, Adriano e Camillo deixaram a danceteria funcionar, sem que ela tivesse saída de emergência, central de gás e mesmo tendo janelas de banheiros bloqueadas (para evitar ruído). Tudo isso acabou se revelando mortífero, na noite do incêndio. O Ministério Público recorreu com relação à sentença inicial dos oficiais, pedindo penas maiores para Fuchs e Camilo, bem como condenação de Adriano. A procuradora Maria Inês Franco Santos, na acusação, justificou: “A Kiss era um pub e virou boate. Só isso exigiria uma vistoria maior, completa, não um procedimento simplificado. Já o oficial Fuchs fechou os olhos para a empresa de reformas mantida por um bombeiro, algo proibido pelo regulamento”, disse. Parentes de vítimas da Kiss vieram de Santa Maria para acompanhar a sessão. Sérgio da Silva, presidente da Associação de Familiares, resumiu o sentimento deles: “Nada contra a função dos bombeiros, mas falharam ao deixar a boate aberta. Era uma arapuca”. PORTO ALEGRE

A VIOLÊNCIA NO ESTADO (EDITORIAL – PÁGINA 30) Não passa dia sem explosão de caixa eletrônico, homicídios e execuções na Região Metropolitana ou mesmo em cidades interioranas que viviam em relativa tranquilidade. Ainda que a violência urbana atinja todo o território nacional, é cada dia mais visível que a Secretaria de Segurança do Estado não está conseguindo atender satisfatoriamente a população. O Rio Grande precisa de um choque de segurança, de alguma política inovadora e ousada, que desfaça a sensação de medo dos cidadãos. Embora as razões do aumento da criminalidade sejam diferenciadas, pois vão do narcotráfico ao interesse desmedido por dinheiro, a que mais preocupa é a impunidade. O tráfico de drogas só está associado à maior parte dos crimes pela incapacidade dos organismos de segurança de enfrentarem as quadrilhas. Os criminosos só atacam agências bancárias com dinamite porque têm consciência da falta de policiamento. E só mantêm comunidades inteiras reféns, incluindo os jovens como vítimas preferenciais, devido à ausência absoluta de Estado, particularmente em áreas de risco. Exemplos claros desse descontrole são os enfrentamentos que vêm resultando em frequentes assassinatos na Vila Cruzeiro, na Capital – os dois mais recentes registrados nesta semana. Os gaúchos precisam dizer não a essa falência no combate ao crime, que vem limitando direitos básicos dos cidadãos, como o de ficar em casa e sair às ruas sem a sensação de estarem correndo permanentemente o risco de serem assaltados e de perderem a vida. Por mais que enfrente dificuldades de toda ordem, inclusive financeira, o poder público não pode permitir que a criminalidade imponha aos gaúchos um clima de faroeste.



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