MOBILIZAÇÃO: CAMPANHA SERVE PARA ESTIMULAR A DOAÇÃO DE SANGUE.

MOBILIZAÇÃO: CAMPANHA SERVE PARA ESTIMULAR A DOAÇÃO DE SANGUE.

A ação de estímulo à doação voluntária de sangue, promovida pelo Centro Clínico da Santa Casa de Caridade, registrou na última quarta-feira (quando comemorou-se o Dia Mundial do Doador de Sangue) praticamente o dobro de bolsas coletadas em relação a média mensal. De acordo com o enfermeiro Uéslei Arrussul, responsável pelo Agência Transfusional de São Gabriel, das 100 bolsas disponibilizadas para coleta, 72 foram distribuidas e 62 foram coletadas. O trabalho é feito pelo Hemocentro de Alegrete.
No Estado, a Semana do Doador iniciou com homenagem aos doadores, empresas, cooperativas e associações, que receberam certificados em agradecimento ao gesto voluntário de parte do governador José Ivo Sartori no Palácio Piratini. Durante o período, foram distribuídas carteirinhas para assinalar a data da próxima doação, conforme os prazos recomendados pelo Ministério da Saúde, para ampliar a fidelização dos doadores.
A campanha foi importante porque ampliou a divulgação sobre necessidade de aumentar o número de doadores, especialmente na época de fim de ano, quando normalmente diminui o fluxos dos doadores nos hemocentros.
Em São Gabriel, em média, cerca de 40 a 50 pessoas doam sangue. A doação acontece sempre na última quarta-feira do mês, no Centro Clínico da Irmandade da Santa Casa de Caridade, entre 8h e 12h. “O objetivo é coletar o maior número de doações para manter abastecido o estoque da Agência Transfuncional da cidade, que conta com a parceria do Hemocentro Regional de Alegrete (presente com sua equipe em todas as campanhas mensais) que é responsável pela coleta, processamento do sangue e abastecimento do estoque”, explica o enfermeiro.
SOBRE A DOAÇÃO
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde em cada cinco pessoas uma vai um dia precisar de Sangue. Cada Unidade de Sangue doado pode beneficiar até quatro pacientes submetidos a transplantes de órgãos, grandes cirurgias, vítimas de acidentes diversos e portadores de diversas doenças hematológicas, serão os mais beneficiados com sua doação.
Ainda, complementando alguns dados estatísticos, o Ministério da Saúde divulga que os homens são responsáveis por mais de 70% das doações no Brasil e os jovens de 18 a 29 anos, correspondem a 50% dos doadores. Doar sangue é uma atitude que deve partir de qualquer cidadão que tenha consciência da importância de ajudar o próximo.
Quando um cidadão doa sangue, ele tem direito a um dia de folga, no período de um ano, assegurado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Além disso, as pessoas que exercem atividades de risco, como pilotar avião ou helicóptero, subir em andaimes e praticar paraquedismo ou mergulho, e motoristas de ônibus ou caminhões de grande porte devem interromper suas atividades por 12 horas após a doação.
Tipos sanguíneos: O sangue humano é classificado em grupos e subgrupos, sendo os mais importantes, o ABO (A, B, AB e O) e o Rh (positivo e negativo). Se você é do grupo AB (receptor universal), então você poderá receber sangue de todos os grupos: A, B, AB e O. Se você é do grupo A, não pode receber sangue do grupo B ou AB. Pode dos grupos A e O. Se você é do grupo O e tem o tipo O negativo pode doar sangue para todos os grupos (doador universal). “Pedimos para as pessoas que têm sangue O positivo, O negativo, A positivo e A negativo, que são os mais utilizados, doem mais vezes. Queremos reforçar também que as pessoas com o tipo sanguíneo O negativo façam a doação e ajudem todos os outros”, alguns mitos levantados por pessoas sem a devida instrução têm colaborado para que os hemocentros recebam menos doadores.
Entre eles estão: Quem doa sangue uma vez tem que continuar doando pelo resto da vida; A doação “engrossa” o sangue, entupindo as veias; A doação faz o sangue “afinar”, “virar água”, provocando anemia; Doar sangue engorda; Doar sangue emagrece; Doar sangue vicia; Mulheres menstruadas não podem doar sangue; “Posso ficar sem sangue suficiente”; Os doadores correm risco de contaminação.
O doador deve: Levar o documento de identidade com foto, estar bem de saúde, ter entre 18 e 67 anos. Podem ser aceitos doadores com idade de 16 e 17 anos, com consentimento formal do responsável legal para cada doação. Pesar acima de 50 kg, não estar em jejum, repouso mínimo de 6 horas na noite anterior a doação, não deve ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores a doação, evite fumar por pelo menos 2 horas antes da doação e evitar alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a doação.
Impedimentos temporários: Febre, gripe ou resfriado, mulheres grávidas ou que estejam amamentando, usuários de drogas e pessoas que adotaram comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis.
Nunca poderá doar sangue quem: Tem ou teve um teste positivo para HIV, quem teve hepatite após os 10 anos de idade; Já teve malária, tem doença de Chagas, recebeu enxerto de dura-máter; Quem teve algum tipo de câncer, incluindo leucemia ou tem graves problemas no pulmão, coração, rins ou fígado. Quem tem problema de coagulação de sangue, ser diabético com complicações vasculares. Ter tido tuberculose extra-pulmonar, elefantíase, hanseníase, calazar (leishmaniose visceral), brucelose, ou portador de alguma doença que gere inimputabilida de jurídica. Quem foi submetido à gastrectomia total, à pneumectomia, à esplenectomia não decorrente de trauma e pacientes submetidos a transplante de órgãos ou de medula óssea.
O que acontece com o sangue doado? Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (como hemácias, plaquetas, plasma e outros) e assim poderá beneficiar mais de um paciente com apenas uma doação. Os componentes são distribuídos para os Hospitais e Clínicas para atender casos de Emergência, pacientes internados e pessoas com doenças hematológicas.
Isso é importante: Embora realizados exames no sangue coletado (hepatites, sífilis, HIV e outros), há um período chamado janela imunológica- espaço de tempo entre a contaminação e a positividade do teste- isso significa que a pessoa pode ter sido contaminada por um agente infeccioso e este não ser detectado através dos exames realizados. Por isso, é fundamental que você seja sincero na entrevista. Honestidade também pode salvar vidas. Diante de um teste positivo ou inclusivo, o doador será convocado por meio de carta para realização de um novo exame.N1Noticias.