FUNCIONALISMO
Bancada do PT impede parcelamento do
13º para além de 2015
Uma emenda proposta
pela Bancada do PT impediu que o projeto de parcelamento do 13º do
funcionalismo estadual proposto pelo Governo Sartori, aprovado na sessão
extraordinária da Assembleia Legislativa, quinta-feira (10), se
estendesse para além de 2015. A emenda aprovada limitou o uso deste
expediente apenas a esse ano. Apesar deste limitador, sindicatos fazem
fortes críticas ao parcelamento do 13º salário.
Com a aprovação do projeto do governo, os servidores
públicos terão duas alternativas para receber o 13º salário. Uma é optar
pelo parcelamento, com pagamento somente a partir de junho de 2016 e a
última parcela sendo paga em novembro do ano que vem. A outra é fazer
empréstimo junto ao Banrisul.
O líder da bancada petista, Luiz Fernando Mainardi,
explica que, “lamentavelmente, tivemos que votar a favor deste projeto
como forma de garantir o recebimento do 13º, mas restringimos, com nossa
emenda, os seus efeitos a 2015, barrando a intenção de Sartori que não
previa nenhum limite. A mudança que fizemos é no sentido de uma
excepcionalidade em 2015, senão estaríamos instituindo o parcelamento do
13º a partir de 2015”.
Já o deputado Jeferson Fernandes disse que “apesar de
votarmos favoráveis ao PL que autoriza o Estado a parcelar o 13º dos
servidores, com emendas, lamentamos que a opção do Estado seja a de não
cumprir com a sua obrigação fundamental como gestor, que é pagar em dia
os servidores”. Ele avisa: “Não venham culpar o governo anterior, porque
parcelar salário é uma prática do PMDB, desde o governo Britto. Nos
governos Olívio e Tarso, os salários sempre foram pagos em dia”.
Ao usar a tribuna para comentar sobre o projeto do
Governo Sartori, Jeferson disse que “infelizmente, estamos autorizando o
governador a ‘pedalar’ o 13º dos servidores que respondem pela
Educação, Saúde, Segurança Pública.” O parlamentar ainda cutucou os
deputados peemedebistas que, em nível federal, usam a tese da pedalada
para tentar cassar a presidenta Dilma Rousseff. “Eles devem olhar para o
próprio umbigo aqui no Sul. É algo que não tem fundamento jurídico.”
Servidores
Nota divulgada pela assessoria jurídica do CPERS, no site
do Sindicato, informa que qualquer medida que cause prejuízos aos
servidores será discutida, judicialmente, de forma a garantir o
exercício dos direitos previstos na Legislação Estadual e na
Constituição Federal.
O vice-presidente da UGEIRM-Sindicato (policiais civis),
Fábio Castro avalia como negativo o projeto. Afirma que “isso demonstra
que o atual Governo do Estado não tem capacidade para gerir, além do que
vai trazer mais despesas para os cofres públicos com o pagamento de
juros no caso dos servidores que optarem por empréstimos junto ao
Banrisul”.
O dirigente comenta que, ao longo do ano, o governo
deveria ter estudado alternativas para não se parcelar o 13º. Por outro
lado, ele se diz preocupado pois muitos servidores não tem condições de
fazer empréstimo no Banrisul. Ele cobra quais alternativas o governo
apresentará para estes casos.
Texto: Roger da Rosa (MTE 6956/RS)
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