sábado, 19 de dezembro de 2015
Senhores, encaminho abaixo resposta encaminhada à editora chefe do jornal pioneiro acerca das charges publicadas nos últimos dois dias:
Senhores, encaminho abaixo resposta encaminhada à editora chefe do jornal pioneiro acerca das charges publicadas nos últimos dois dias:
Em que pese, felizmente, estarmos vivenciando um estado democrático de direito, que visa garantir o respeito das liberdades civis, entre os quais se destaca o respeito aos direitos humanos, às garantias fundamentais, à liberdade de expressão e a consequente liberdade de imprensa, não poderíamos deixar de manifestar nossa preocupação com a repercussão negativa sobre a imagem da nossa Brigada Militar provocada pelas charges publicadas no Jornal Pioneiro nos dias 14 e 15 p.p., de autoria do cartunista Alexandre Beck, em que há a ilustração de atos de violência praticada por policiais militares em desfavor de estudantes e escolas.
Se analisada dentro do atual contexto e levando-se em consideração as mais recentes notícias com repercussão nacional, pode-se concluir que a “tirinha” refere-se ao polêmico episódio ocorrido no Estado de São Paulo.
Não há dúvida de que eventuais abusos praticados por agentes da segurança pública devem ser amplamente discutidos pela sociedade, além de devidamente apurados e punidos, quando for o caso. Entretanto, da forma como colocada a charge, sem maiores especificações, o cartunista acabou por generalizar uma situação pontual e que obviamente não reflete o pensamento e a postura dos policiais militares da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul, uma vez que suas condutas são pautadas com base na legalidade, entre outros princípios insculpidos na Constituição Federal e em leis esparsas.
Nesse sentido, cumprindo sua missão constitucional, podemos afirmar que diariamente inúmeros policiais gaúchos colocam a sua própria vida em risco na defesa da sociedade e do bem comum, conforme pode ser visto em diversas reportagens publicadas inclusive nesse jornal, mesmo sem muitas vezes terem o devido reconhecimento.
Além disso, a Brigada Militar, ao longo da sua história, desenvolve vários projetos voltados à comunidade escolar como um todo, fazendo valer a celebre frase milenar de Pitágoras: “Educai as crianças e não será preciso punir os homens”.
Como exemplo, citamos os seguintes projetos:
- Patrulha Escolar: é a união da comunidade escolar com a polícia para reduzir a violência e a criminalidade nas escolas e nas suas proximidades. Seu objetivo principal é a PREVENÇÃO e, supletivamente, a repressão aos crimes e atos infracionais. Ela assessora a comunidade escolar a encontrar os caminhos da segurança através de trabalhos de reflexão, palestras e organização para a ação. O policiamento nas escolas passa a contar com policiais militares especialmente capacitados que, conhecendo a realidade da comunidade escolar, buscam medidas que minimizem a ação de criminosos nas escolas e proximidades;
- PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas): é um projeto onde os policiais militares, fardados e devidamente treinados e com material próprio (livro do estudante, camiseta e diploma) desenvolvem um curso de prevenção as drogas e a violência na sala de aula inúmeras escolas do Estado do Rio Grande do Sul;
- Polícia Comunitária: é uma filosofia e uma estratégia organizacional que proporciona uma parceria entre população e a polícia, baseada na premissa de que tanto a polícia quanto a comunidade devem trabalhar (juntos) para identificar, priorizar e resolver os problemas contemporâneos;
- CIPAVE (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar): o objetivo precípuo é diagnosticar as vulnerabilidades no âmbito escolar, planejando ações que visam à resolução dos problemas de forma viável e eficaz, trazendo alunos da comunidade escolar à sede da Brigada Militar para conhecerem a sua estrutura e principalmente aproximar os alunos dos policiais militares;
Por fim, destacamos que o Jornal Pioneiro tem sido um parceiro incansável da Brigada Militar na busca de uma sociedade mais segura, divulgando diariamente, com inquestionável qualidade e merecida credibilidade, os esforços que vem sendo despendidos para que esse objetivo possa ser alcançado. Justamente em razão dessa credibilidade e grande circulação é que muitos leitores, sem questionar, tomaram por verdadeira a injusta generalização da violência tão combatida em nossa instituição.
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